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Cerca de cem creches comunitárias podem fechar no Rio


31/03/2016

Cerca de cem creches comunitárias ameaçam fechar ou cortar vagas para a população que mais precisa. Como mostrou o Bom Dia Rio desta quarta-feira (31), os responsáveis dizem que o dinheiro que a Prefeitura do Rio paga não é suficiente.

 

A mãe de gêmeos Tânia Azevedo só conseguiu matricular os filhos de 2 anos e meio numa creche particular, a Santa Clara. Ela até tentou nas creches públicas. Mas tem muito tempo de espera.

 

“Não tem previsão. Eles nem estão naquela lista dos dez primeiros. Eles estão por volta dos cem, muito, muito longe”, disse a mãe.

No projeto social da Casa de Francisco de Assis as mães não pagam nada. Na creche Santa Clara tem um convênio com a prefeitura. O repasse é de R$ 233 por aluno. A Associação das Creches Conveniadas com a Prefeitura do Rio diz que esse valor não é suficiente.

 

Um cálculo feito pela própria associação mostra que o valor ideal é de R$ 820. O que falta acaba ficando na conta das próprias instituições.

Na Santa Clara, eles recebiam com doações. Mas por causa da crise financeira, ajuda não está chegando. Para manter a qualidade no atendimento, nada foi cortado. Alimentação, projeto pedagógico, estrutura, tudo continua do mesmo jeito. Mas se o valor repassado pela prefeitura não tiver um reajuste, metade das crianças pode ficar sem vagas.

 

“Vamos no dia 14 novamente na Câmara de Vereadores pedir o reajuste. E pedir para que esse reajuste seja anual”, disse Sandra Biar, agente administrativa da creche.

 

Em outras capitais, como em Belo Horizonte, o repasse mensal varia de R$ 260 a R$ 520, dependendo da idade dos alunos e do tempo de aula. O último reajuste foi em maio. Em São Paulo, varia de R$ 379 a R$ 574. Depende do número de vagas de cada instituição e teve reajuste em outubro. Em Brasília, o repasse também varia, de R$ 588 a R$ 686, de acordo com a idade.

 

Na Zona Oeste do Rio, algumas creches já passam por dificuldades. As creches reclamam que o valor não é atualizado desde 2013. Mas a Secretaria Municipal de Educação disse que houve reajuste.

 

A Cruzada Pela Infância, no Leme, na Zona Sul, também enfrenta problemas. Sem reajuste, as 60 crianças podem ficar sem vagas.

“O dinheiro que está entrando só dá para pagar os funcionários. O resto está sendo feito com a maior dificuldade. Estou colocando do meu dinheiro, que recebo do meu marido, na creche, “disse a presidente da creche Arlita de Andrade.

 

Por meio de nota, a Prefeitura do Rio disse que, diante das reivindicações, está avaliando a possibilidade de fazer um reajuste, mas sem previsão de valor ou data. E disse que os repasses feitos às creches estão em dia.

 

Fonte: G1


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