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Cooperativa transforma sonhos em literatura


30/03/2016

Rascunhos amontoados em gavetas empoeiradas, sonhos esquecidos em profissões. No universo da escrita, muitos autores se escondem. Mas quando a literatura conquista alguém, desta pessoa não se desiste. Esta é a proposta da Coopacesso (Cooperativa Acesso Cultural Educacional Sustentável Solidária). Nascida em Santo André, a cooperativa de autores foi criada para tornar real um imaginário desejado. Com obras em pequenas tiragens, a iniciativa não quer se firmar como uma potência industrial, mas uma editora para publicar gente de verdade.

 

“A cooperativa surgiu em 2009. Montamos um grupo político na cidade e, após as eleições, discutimos que ali não poderia ser o fim. Precisávamos de um projeto. E aí o grupo definiu que nós iríamos trabalhar com cultura voltada para a educação, economia solidária e juventude”, explicou Leonardo Campos, presidente da Coopacesso. Com a proposta formada, os fundadores pensaram meios de formar o ambiente literário. “Quando começamos a trabalhar, surgiu o projeto Poemas da Cidade. É um grupo de poetas que se reúne e escreve textos sobre Santo André.” A cooperativa também oferece oficinas e palestras.

 

Nascido como associação e depois firmado como cooperativa, o projeto não tem como objetivo apenas incentivar a escrita, mas orientá-la. “Percebemos que existe um universo de pessoas que escrevem e não conseguem publicar. Talvez porque não conhecem o mundo editorial, ou acham que aquilo que escrevem não tem importância”, contou Leonardo.

 

As primeiras publicações vieram de pessoas próximas, gente que foi se conhecendo entre eventos da Região. Para os membros, existe uma deficiência em abranger novos públicos. Mas com a criação de um site - o www.coopacesso.org - e a divulgação de canais de comunicação nele, como telefone e e-mail, a ação espera atingir mais gente.

 

Sem disputas com mercado editorial

Atualmente, os futuros autores que chegam à Coopacesso dividem a metade do custo dos seus próprios livros com a cooperativa, mas este é um cenário que a iniciativa espera mudar. “O que queremos é produzir os próprios livros. Nós fazemos hoje a parte de editoração, de design, além de edição e revisão. Aí a gente procura no mercado gráfico o preço mais acessível possível para a publicação das obras”, explicou Campos. Com a obra publicada, a entidade fica com 5% da tiragem. Como se tratam de pequenas tiragens, o valor pode equivaler de dois a cinco exemplares. A organização também ajuda divulgando lançamentos, mas a venda de cada obra é de responsabilidade do autor.

 

Para a mudança do quadro, parte da equipe da Coopacesso começou a fazer um curso de produção artesanal. Posteriormente, a ideia é investir no maquinário. “A nossa pretensão não é disputar o mercado editorial. Nós queremos é que os desejos das pessoas se realizem”, justificou o presidente. Com o lema de “desengavetar sonhos”, a iniciativa defende que a maior conquista para um artista independente é ver um livro com seu nome impresso. “Não temos a pretensão de ganhar dinheiro. Nós queremos é publicar, registrar as obras e mandá-las para a Biblioteca Nacional.”

 

Fonte: ABCD Maior


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