03/03/2016
O governo do Estado congelou os repasses previstos para cobrir as gratuidades do Metrô no ano passado, segundo dados do Orçamento de 2015 e planilhas de execução do dinheiro previsto. Segundo os documentos, no ano passado a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) deixou de mandar para a empresa cerca de R$ 66 milhões. Para cobrir as gratuidades de estudantes o previsto era utilizar R$ 95,4 milhões.
No caso das outras gratuidades envolvendo deficientes físicos e idosos, o Metrô esperava receber R$ 235 milhões. Os benefícios receberam R$ 76,4 milhões e R$ 188 milhões, respectivamente. O Palácio dos Bandeirantes afirmou que nenhum passageiro deixou de ser transportado pelo corte.
Em entrevista à Rádio Estadão, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni disse que a redução faz parte de um plano de metas do governo do Estado para reduzir em até 25% os gastos do Executivo.
— O Metrô não deixou de atender nenhum usuário que tem direito à gratuidade. Nós atendemos todos os passageiros nos anos de 2014 e 2015. O que acontece é que no ano passado, a economia nacional e o decréscimo no PIB fez com que a arrecadação estadual caísse.
A previsão para 2016, no entanto, segundo o orçamento aprovado pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), é o mesmo que estava orçado no ano passado.
Em agenda na cidade de Hortolândia, no interior de São Paulo, o governador Alckmin minimizou a redução nos repasses para cobrir as gratuidades do Metrô.
Assim como Pelissioni, ele disse que nenhum usuário que tem direito aos benefícios deixou de ser transportado.
— Não tem corte, tem aumento. O Estado deve passar esse ano mais de R$ 5 bilhões para o Metrô, isso é prova de eficiência, exigindo um repasse menor. O que interessa para o cidadão é andar de graça.
Alckmin explicou que os trens transportaram de graça 157 milhões de pessoas em 2015. A previsão para este ano é que 162 milhões sejam transportados.
Fonte: R7
UGT - União Geral dos Trabalhadores