01/03/2016
As vendas do varejo do Estado de São Paulo caíram 5,9% em 2015 na comparação com 2014, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A instituição aponta o encolhimento da renda, resultante do aumento do desemprego e da escassez de crédito, como causa para o declínio do setor e afirma que o comércio paulista sente mais os efeitos da crise na comparação com outros Estados devido à maior relação da economia de São Paulo com a indústria. A ACSP projeta que a retração de 2015 se aprofundará pelo menos ao longo dos seis primeiros meses de 2016 e estima quedas de 7,4% das vendas do varejo ampliado nos doze meses encerrados em junho.
O varejo restrito, que não inclui as vendas de concessionárias de veículos e lojas de materiais de construção, também registrou declínio no volume de vendas, embora em menor grau. Em 2015, as vendas recuaram 3,5% ante 2014, segundo o levantamento elaborado com dados de faturamento fornecidos pela Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo.
A projeção da ACSP é que o volume de vendas do varejo restrito paulista nos doze meses até junho de 2016 seja 5,5% inferior ao de igual período do ano anterior.
De acordo com Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação da Associação Comercial do Estado de São Paulo (Facesp), o setor é afetado pela deterioração de fatores macroeconômicos que minam a confiança do consumidor. "Enquanto a situação permanecer igual, não podemos esperar uma recuperação da atividade comercial", diz, em nota. Segundo Burti, a partir do segundo semestre, o setor deve recuperar parte das perdas e pode encerrar o ano com um desempenho melhor que o de 2015.
Na análise dos dados por setor, as concessionárias de veículos e lojas de departamento foram as que tiveram quedas mais intensas, de 17,3% e 13,4%, respectivamente. Por outro lado, apenas as farmácias e perfumarias e os supermercados aumentaram suas vendas, com altas de 3,1% e 0,6%, nesta ordem.
Fonte: DGABC
UGT - União Geral dos Trabalhadores