26/02/2016
A Secretaria da Segurança Pública anunciou nesta quinta-feira, 25, que o Estado de São Paulo atingiu novo recorde e apresentou taxa de homicídios dolosos – com intenção de matar – de 8,48 ocorrências por 100 mil habitantes em janeiro.
A marca é a menor taxa da série histórica paulista, que tem início em 2001. Houve recuo de 21,18% nos homicídios em janeiro deste ano, na comparação com mesmo período de 2015 – foram 294 casos, ante 373 no ano passado. A secretaria informou que todos os indicadores de criminalidade caíram, com exceção dos roubos na Grande São Paulo, que subiram 7,73%.
De acordo com os números divulgados, em todo o Estado, houve queda ainda no número de latrocínios (18,18%), de vítimas de latrocínio (17,65%), roubos (0,72%), roubo a banco (47,06%), roubo a carga (10,74%), roubo a veículo (13,5%), estupro (4,59%), furtos (1,15%) e de furtos a veículos (6,36%).
O secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, atribuiu o resultado a uma “sequência de trabalho” e destacou que, em janeiro, São Paulo atingiu o menor número de homicídios dolosos, vítimas de homicídio e roubo a banco da série histórica.
“Todos os meses do ano passado houve queda de homicídios. Há meses em que a queda é maior”, afirmou. Na última terça-feira, as estatísticas oficiais da capital também apresentaram queda nos casos de homicídios (40,2%).
Roubos. Nos resultados positivos apresentados, a exceção é a Grande São Paulo, que registrou aumento de 7,73% no número de roubos. Foram 6.340 ocorrências em janeiro deste ano, ante 5.885 no mesmo período de 2015.
“O aumento dos roubos já vinha (assim) no último trimestre do ano passado também na Grande São Paulo. Permaneceu isso. Vínhamos mapeando os municípios em que vêm acontecendo mais casos, para que possamos reverter”, disse Moraes.
O secretário informou ainda que 2.815 policiais formados em novembro, que estavam na Operação Verão, serão deslocados na próxima segunda. As regiões da Grande São Paulo com o maior número de ocorrências por roubo devem receber o apoio de 420 PMs.
A redução das estatísticas criminais ocorre em meio a ações da gestão Alckmin que restringiram o acesso a pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação a dados de boletins de ocorrência. O governo alega a necessidade de preservar “dados pessoais” de vítimas e testemunhas.
O governo recuou, na semana passada, revogando a regra em alguns pontos e destacando análise caso a caso - mas manteve restrição a dados que contenham informações pessoais dos cidadãos.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores