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Contra fraude, banco busca mudança de postura do cliente


19/01/2016

Quando Sheila de Lima Souza retornou de uma viagem, em maio do ano passado, teve uma surpresa. Os produtos que havia comprado duas semanas antes pela internet em um supermercado não chegaram a seu endereço. Ao entrar em contato com o estabelecimento, veio a constatação: a consultora de marketing caiu no golpe do boleto, uma das fraudes mais comuns para quem faz compras pela web. Prejuízo: R$ 700.

 

Contra esse e outros tipos de golpe, bancos têm apostado em estratégias para conscientizar clientes a respeito de fraudes bancárias. Além do investimento em dispositivos de segurança, as empresas dedicam páginas em seus sites a explicações sobre as ferramentas de proteção disponíveis e buscam o contato direto com o consumidor.

 

“Temos explicado de maneira massiva o que eles devem fazer para não cair em golpes”, diz Adriano Volpini, diretor de Segurança Corporativa do Itaú Unibanco. Também diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ele explica que a iniciativa parte não só das instituições, mas igualmente da entidade que representa o setor.

 

Para Fabio Assolini, analista de segurança da Kaspersky Lab, o brasileiro ainda peca no uso de antivírus e na atenção às transações online. “Detectamos, no ano passado, dois falsos aplicativos de banco para smartphones. Um deles tinha mais de 100 downloads”, conta. Ele explica que cuidados simples, como verificar quem publicou o programa, evitariam o golpe, já que o autor em questão intitulava-se Governo Federal. “O governo não publicaria o aplicativo de um banco privado”, reforça.

 

Como Sheila tinha o hábito de fazer compras sempre no mesmo site, ela admite não ter desconfiado que um vírus alterou as informações de seu boleto e desviou a quantia paga para outra conta. “O banco informou que eu deveria fazer um boletim de ocorrência para tentar recuperar o dinheiro. Como tenho um filho pequeno, achei melhor deixar para lá”, diz.

 

Segundo Rodrigo Azevedo, sócio do escritório Silveiro Advogados, não haveria muito o que fazer: “Hoje, as decisões na Justiça têm exigido mais cuidado do consumidor”, afirma.

 

Preocupação. O risco cibernético está entre os que mais tiram o sono de executivos do setor financeiro, conforme pesquisa da PwC feita em 52 países, incluindo o Brasil. Essa preocupaçãoganha força desde 2014 por conta dos crimes digitais, que evoluem no mesmo compasso que as tecnologias para combatê-los. “Para evitar prejuízo, essas empresas estão se preocupando cada vez mais com segurança”, diz Marcus Manduca, sócio da consultoria.

 

O crescimento das transações online - pelas quais já se dá mais da metade da movimentação bancária no País, segundo a Febraban - traz o cliente para o centro do trabalho de prevenção, uma vez que ele é considerado por especialistas o elo mais fraco da cadeia.

 

No caso dos smartphones, a infraestrutura no País também é um ponto crítico: “Ainda não existe no Brasil um sistema único de identificação de chips que garanta que o dispositivo do usuário não foi clonado”, diz Carlos Renato Bonett, gerente da Unidade de Risco Operacional do Banco do Brasil. 

 

Fonte: Estadão

 


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