23/12/2015
Aumentar exclusão não desenvolve a Nação
Mais uma vez, se anunciam às vésperas do Natal medidas que só fazem prever um Ano Novo repleto de tristezas e incertezas para os trabalhadores e suas famílias. Novamente, erra no alvo e na forma o Governo Dilma. Atropela o diálogo com as Centrais Sindicais e arbitrariamente aponta a tesoura dos cortes ao muito pouco que o Estado Brasileiro retorna aos trabalhadores efetivamente contribuintes da Previdência Social. Enquanto isso, nada é apresentado para conter a verdadeira sangria do Tesouro Nacional, representada pelos privilégios e favores bilionários que sustentam as castas de uma elite empresarial e política que vive de sugar o Estado Brasileiro.
Escolher este momento de grave crise, com o País à beira da depressão econômica, para propor Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista é um verdadeiro crime de lesa-trabalhador. Falar em negociado sobre o legislado, terceirização e outras flexibilizações, enquanto o desemprego cresce descontroladamente é dar cobertura do Governo à negociação entre a corda do patrão e o pescoço da classe trabalhadora.
A UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES rejeita e repudia a adoção de medidas nas áreas previdenciária e trabalhista tramadas em gabinetes, à revelia das mesas de negociação e concertação das quais participam as Centrais Sindicais e as organizações de aposentados. Reafirmamos nosso empenho pela adoção dos consensos estabelecidos no Compromisso Pelo Desenvolvimento, firmado entre as Centrais Sindicais e setores empresariais realmente preocupados em tirar o Brasil do atoleiro em que foi lançado.
Por tudo isso, a UGT conclama os brasileiros e suas lideranças sindicais a resistirem, por todos os meios ao seu alcance, a mais estes ataques aos direitos e conquistas que a duras penas foram acumulados ao longo da história de lutas da classe trabalhadora brasileira.
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores
UGT - União Geral dos Trabalhadores