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O protagonismo da UGT encerra a Cop21 com trabalho decente e transição justa no preâmbulo do acordo e se compromete com novos desafios


16/12/2015

Encerrada dia 12 de dezembro, na conferencia do clima em París, a UGT se mostrou forte ao defender que os trabalhadores são parte dessa discussão, Sobre o lema “Não há empregos em um planeta morto”, a UGT representada por Renato Fernandes Secretário Adjunto de Meio Ambiente, participou dos movimentos de rua com a juventude em açoes de conscientização, participou também em mesas de representação de trabalhadores, mostrando em seus discursos a importância de considerar os trabalhadores dentro do processo de mudanças climaticas. A tensão ficou maior quando já mais próximo do final do evento, quando a CSA-CSI (Confederação Sindical das Américas/Confederação Sindical Internacional) em uma das reuniões de coordenação informou que o tema da transição justa discutida a vários anos no Brasil e com a participação do Ministério do Trabalho, Ministério do Meio Ambiente e Itamaraty, poderia ficar não só fora da parte interna do acordo de Paris, mas também fora do preâmbulo, foi quando a UGT e as demais representação de trabalhadores incluindo outros locais que tensionaram com as autoridades dos seus respectivos países afim de que o tema da transição justa não ficasse fora do acordo.

 

O Secretário Adjunto do Meio Ambiente Renato Fernandes, declara que no acordo são considerados vários fatores, e o fato de que para o Brasil, direitos humanos e outros temas são parte de nossa sociedade, por isso encarados com naturalidade, mas que para alguns países é dificil lidar com tema, e que mesmo assim considera que os trabalhadores não podem perder o espaço já conquistado, sendo assim a UGT permaneceu em seu intento até o final da confêrencia conseguindo junto com a delegação Brasileira e de outros países, que o tema da transição justa ficasse ao menos no preâmbulo. 

 

O Brasil teve um papel determinante na construção do acordo que saiu da COP 21. liderando um dos grupos de negociações e, certamente, a nossa delegação ajudou em muito para que o acordo ocorresse. De volta ao Brasil, porém, nossa atual trajetória ambiental e as promessas que o Brasil enviou para a COP de Paris precisam de mudanças profundas, por isso o dessafio de novas construções, evidenciando a importancia dos trabalhadores no processo.

 

A UGT manifesta a sua preocupação acompanhando a CSI em suas declarações mais recentes e se sente desapontada com relação ao lugar que alguns temas ocuparam no acordo final como por exemplo: direitos humanos, povos indígenas, gênero e outros foram movidos da parte operativa do acordo a que realmente compromete os governos para o seu Preâmbulo, que é apenas uma introdução ao texto. Enquanto as soluções de mercado, chamadas pelos movimentos sociais de falsas soluções, como o mercado de créditos de carbono, ficaram na parte operativa e vinculante, a principal demanda do movimento sindical internacional, a Transição Justa, foi também movida para o Preâmbulo.

 

 

 


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