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Mais de 300 lideranças sindicais de diversas cidades paranaenses participaram da Plenária Estadual da UGT-PARANÁ, realizada na Colônia de Férias da Fecep – Federação dos Comerciários do Paraná (entidade filiada à UGT), em Guaratuba (PR), dias 8 e 9 de dezembro.

O encontro serviu para a central definir seu planejamento estratégico para o ano de 2016 e sua linha de atuação política-sindical. Várias palestras sobre temas contemporâneos do mundo do trabalho foram realizadas, além do balanço das atividades  da UGT-PARANÁ em 2015.

O presidente da Fecep, Vicente da Silva, ao dar as boas vindas aos participantes, ressaltou o momento em que a população brasileira está sofrendo. “Mais uma vez, o movimento sindical precisa estar unido, pois vários projetos que tramitam no congresso nacional atentam contra a classe trabalhadora”.

“O atual momento político e econômico vivido no país requer uma profunda reflexão da classe trabalhadora sobre os rumos que queremos dar ao Brasil”, disse o presidente da central, Paulo Rossi, na abertura da plenária. Ele lembrou que o país precisa com urgência de uma reforma política de base e com personagens aptos de fato a falar em nome dos trabalhadores: “a falência do atual sistema político mostra claramente a necessidade dessa reforma que vem sendo protelada há mais de 16 anos”, disse Rossi.

Palestras: Nos dois dias de plenária foram apresentados temas relevantes à organização sindical: na manhã da terça-feira, dia  8,  o assessor e consultor parlamentar do Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, André Luiz dos Santos,  palestrou sobre a “Conjuntura sindical e política: Reflexos no movimento Sindical e para a  classe trabalhadora”; o chefe do escritório da Fundacentro no Paraná, Adir de Souza falou sobre a campanha “Abril Verde”, pelo fim dos acidentes de trabalho; o jornalista e blogueiro político Esmael Morais falou sobre “O poder das mídias sociais”. À tarde, o advogado especialista em negociações coletivas no serviço público e conselheiro do Conselho de Relações do Trabalho do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego,  Eudes da Silva Carneiro, falou sobre as “Portarias do MTE que dispõem sobre registro sindical e demais providências”; e por fim, a advogada Melissa Folmann, especialista em direito previdenciário falou sobre “As mudanças no sistema previdenciário e seus reflexos para a classe trabalhadora”.

No dia 9, o professor Erledes da Silveira, coordenador da Secretaria Nacional de Organização e Políticas Sindicais da UGT, discorreu sobre a atuação do movimento sindical em todas as frentes de lutas e em especial sobre “Planejamento Estratégico da UGT-PARANÁ para 2016”, com ênfase na qualificação dos dirigentes das entidades filiadas. Ao final da manhã os dirigentes sindicais aprovaram o balanço fiscal do exercício anterior e deliberaram sobre a previsão orçamentária da central para 2016.

Missão cumprida - Consenso entre os dirigentes sindicais é o sentimento de missão cumprida em 2015. Apesar de todos os percalços vividos pelas diversas categorias  profissionais, o movimento sindical acabou fortalecendo-se em organização. “Com os vários desdobramentos no Congresso Nacional, soubemos claramente quais parlamentares estão de fato ao lado da classe  trabalhadora”, disse o presidente da Regional Oeste da UGT-PARANÁ, Antônio Vieira Martins. O presidente da Regional Norte da UGT-PARANÁ, Éder Pimenta destacou a necessidade do movimento sindical ter seus candidatos para as eleições de 2016: “temos companheiros e companheiras com grande participação nos movimentos sociais. São essas lideranças, comprometidas com o movimento sindical e comunitário que temos de apoiar para as Câmaras de vereadores e prefeituras, afastando e anulando de vez com os oportunistas de plantão”, disse Éder.

Por sua vez o presidente da Regional Noroeste da UGT-PARANÁ, Leocides Fornazza, o Léo, destacou o crescimento da UGT no estado, consolidando-se como a maior central sindical paranaense: “A UGT alcançou um nível de amadurecimento onde todas as correntes do pensamento sindical e político contemporâneos coexistem e interagem com o objetivo de fortalecer a classe trabalhadora. Por isso a UGT é a maior central sindical no estado e uma das maiores no Brasil, por sua ética, promovendo um sindicalismo cidadão e com inovações”. O presidente da Regional Litoral, Jaime Ferreira dos Santos, destacou também o crescimento da central  e a preocupação da direção estadual em detalhar um planejamento estratégico para 2016: “nossas experiências mostram a necessidade dessa organização e planejamento de ações, onde todas as regionais contribuem com suas especificidades, e de forma democrática, definem os rumos da UGT no estado”, destacou Jaime Ferreira.

Moções- Várias moções foram aprovadas durante o evento, dentre as quais: 1) Apoio à população da cidade de Mariana-MG em virtude do desastre causado pela empresa Samarco; 2) Apoio à implementação da NR12 e repúdio contras as federações patronais que não querem respeitar a saúde e segurança dos trabalhadores; 3) Apoio aos dirigentes sindicais no setor telefônico sob risco de demissão sem justa causa; 4) Apoio aos professores da rede de ensino e que sejam respeitados os pisos salariais da categoria; 5) Por maioria dos presentes, deliberou-se pelo apoio e respeito à Constituição Federal Brasileira – Constituição Cidadã e que seja respeitado o resultado democrático das urnas nas eleições de 2014 que elegeram a presidenta Dilma Rousseff; 6) Apoio à reforma política e discussão sobre o atual sistema político-partidário brasileiro, considerado pela maioria dos dirigentes sindicais como um “sistema falido” e que beneficia a corrupção.

Filiações- Ainda na quarta-feira, dia 9, a UGT recebeu mais duas novas entidades filiadas. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba e também o Sindicato dos Bombeiros Profissionais Civis e de Empresas Prestadoras de Serviços no Estado do Paraná.

Ao dar por encerrada a plenária, o presidente da UGT-PARANÁ mais uma vez agradeceu a diretoria e ao presidente da FECEP, Vicente Silva pela acolhida a todos os dirigentes da UGT-PARANÁ que participaram ativamente durante os dois dias, lembrando que a UGT “somos tod@s nós”, e para isso conclamou os presentes para que reflitam em suas bases sobre o papel das entidades e que a central é somente uma facilitadora nesse processo de defesa dos interesses da classe trabalhadora.