13/12/2007
Ricardo Patah diz que trabalhadores e excluídos serão prejudicados pela perda de recursos da CPMF destinada à saúde pública
O presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, criticou a rejeição pelo Senado da emenda constitucional que prorrogava a cobrança da CPMF até 2011. Segundo o dirigente sindical o prejuízo recairá uma vez mais sobre trabalhadores e excluídos, com a redução dos recursos para a área social, especialmente para a saúde, cujas carências já são alarmantes. O Senado preferiu pressionar pela eliminação do único imposto 'insonegável', imune à corrupção e de baixo custo para o governo, o que poderá contribuir para momentos ainda mais difíceis para a saúde pública", afirmou Patah.
"Gostaria de ver o mesmo empenho dos parlamentares que votaram contra a CPMF para equacionar o grande desvio que esteriliza recursos tributários por conta dos juros exorbitantes que a sociedade é obrigada a bancar. Por que, por exemplo, não se preocupam em buscar receitas para pagar esses juros por meio de maior taxação do lucro bancário ou de taxação, via IOF, do capital especulativo que adentra o Brasil para fruir da alta taxa de juros interna?", disse o dirigente sindical.
O presidente da UGT reconhece que "a carga tributária é o principal entrave à expansão da produção e à recuperação do emprego, mas o pagamento dessa conta não pode cair sobre trabalhadores e excluídos". Por isso, Patah defende que "essa carga sobre o setor produtivo seja reduzida pela racionalização dos gastos públicos, sem dúvida, mas também por maior taxação do lucro dos bancos e do capital financeiro internacional que nada contribui para pagar pelas taxas de juros de que usufrui". "
UGT - União Geral dos Trabalhadores