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CARTA DE FORTALEZA


30/11/2015

Reunidos em Fortaleza nos dias 25,26 e 27 de novembro, durante a 3ª Plenária Nacional dos Comerciários, mais de 300 sindicalistas representando cinco milhões de comerciários em todo o País, filiados à União Geral dos Trabalhadores - UGT, discutiram a atual situação econômica do País e debateram propostas para a preservação dos empregos e também a construção de um pacto entre trabalhadores e empresários com o objetivo de garantir as conquistas dos trabalhadores. a redução da informalidade e o aumento da massa salarial. No fim dos debates foi apresentada a Carta de Fortaleza, com os pontos debatidos e aprovados por todos: 


3ª Plenária Nacional dos Dirigentes Sindicais Comerciários da UGT
 
CARTA DE FORTALEZA – 27 de novembro de 2015


Nós, os dirigentes sindicais comerciários da UGT,   reunidos na 3ª Plenária Nacional da categoria para debater a crise do país e as saídas que preservem o trabalho e o emprego decentes concordamos, em primeiro lugar, que o Brasil passa por um momento histórico crucial em sua organização política e econômica, com riscos e oportunidades na construção de uma sociedade mais justa.
Concordamos ainda que, diante das enormes dificuldades de concertação política de um pacto em torno das questões urgentes e centrais para superar a crise, devemos manifestar nossa posição sobre os principais programas e ações que devem ser tomados pela sociedade brasileira, representada por seus trabalhadores, empresários e instituições públicas, para alavancar a economia brasileira e evitar um processo civilizatório regressivo de direitos sociais conquistados desde a Constituição de 1988.


Os avanços mais recentes do país desde a estabilidade macroeconômica à redução de desigualdade, da informalidade e os aumentos de massa salarial devem ser perseguidos e preservados.


Entendemos que para sairmos da crise precisamos produzir mais, empregar mais, ganhar mais e redinamizar o circuito econômico interno.


Ademais, aumentar os empregos é a condição principal para ampliar a capacidade de compras das pessoas e famílias,  do que depende a expansão da atividade comercial e os empregos no comércio.


Vimos que promover o comércio com base em vendas de produtos importados, mostrou-se insustentável, porque não gera empregos dinâmicos. O produto importado não gera empregos industriais e não promove o necessário giro econômico, o desencadeamento de um círculo virtuoso.


E que podemos fazer isto exportando mais produtos industrializados, tanto por empresas nacionais quanto pelas subsidiárias da multinacionais instaladas no Brasil.


É fundamental ampliar a participação da indústria brasileira nas cadeias globais para vender produtos brasileiros industrializados para todo o mundo.


Devemos acordar, trabalhadores, empresários e governo, medidas que resultem em melhoria da competitividade e produtividade da produção brasileira, tanto internamente como externamente, preservando direitos e condições dignas de trabalho, remuneração e gerando mais empregos de qualidade.

 

Em síntese o propomos é:

Voltar a indústria brasileira para o mundo, inserindo-se mais amplamente nas cadeias globais de valor; Exportar mais produtos industrializados para aumentar a produção e os empregos de qualidade; Acordar programas de inovação tecnológica, com aumento de escala de produção, elevando quantitativa e qualitativamente os níveis de emprego.

 

Consideramos essencial Investir na formação e na qualificação profissional dos trabalhadores  para atender às necessidades de melhoria da competitividade das indústrias instaladas no pais.


O caminho de maior qualificação poderá reduzir a rotatividade no comércio e garantir maior produtividade com resultados positivos para os trabalhadores e o comércio em geral.


Criar oportunidades e dar acesso à educação é o caminho mais seguro para garantir a redução das desigualdades e o trabalho produtivo para a  realização pessoal dos trabalhadores e o bem estar coletivo.


A Plenária manifesta seu apoio à criação da Confederação Latino Americana de Comerciários para fortalecer o debate e  implementação de políticas articuladas no continente.


Não podemos deixar de nos referir, ainda, a duas outras importantes questões debatidas nessa plenária, que são a de assegurar uma efetiva comunicação pública das ações sindicais e a essencial maior inserção dos trabalhadores no mundo político, seja para eleger trabalhadores para mandatos políticos, seja pelo acompanhamento constante daqueles que elegemos em sua atuação na defesa dos legítimos interesses dos trabalhadores comerciários.

 


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