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A perigosa deterioração do mercado de trabalho


26/11/2015

A crise do mercado de trabalho atinge proporções perigosas, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, conhecida como Pnad Contínua, relativa ao terceiro trimestre. O desemprego chegou a 8,9%, superando em 0,6 ponto porcentual o do segundo trimestre e em 2,1 pontos o do terceiro trimestre de 2014, com crescimento em todas as regiões do País.

 

Além de dados absolutos ruins, indicando que o nível de desemprego poderá em breve atingir ou superar os 10%, houve nova e acentuada piora do emprego formal, maior procura de trabalho por idosos e jovens e aumento das atividades informais ou por conta própria como alternativa para compor a renda familiar, pressionada para baixo pela inflação e pela desocupação.

 

Em resumo, perde vigor o emprego com carteira assinada, que assegura maiores benefícios aos trabalhadores. “São jovens, idosos, donas de casa que acabam indo para o mercado de trabalho para ajudar quem perdeu o emprego com carteira assinada”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. No caso dos jovens entre 18 e 24 anos, a procura pode ser mais frustrante, pois a taxa de desocupação para essa faixa etária é de 19,7%, muito superior à média do País.

 

Entre as posições de ocupação, quatro registraram variação positiva em relação a 2014: empregadores (7,9%), trabalhadores por conta própria (3,5%), trabalhadores familiares auxiliares (2,3%) e trabalhadores domésticos (0,6%). Como notou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), quem perdeu o emprego na indústria e na construção civil rumou para a informalidade.

 

Entre setembro de 2014 e setembro de 2015, a força de trabalho cresceu 2,1%, de 98,9 milhões para 101 milhões de pessoas, mas o número de empregados caiu de 92,2 milhões para 92 milhões, enquanto o de desempregados crescia 33,9%. Em setembro, chegou a quase 9 milhões o número de desempregados, quase 2,3 milhões mais do que há 12 meses.

 

Um dado negativo é o de que o período do levantamento costuma ser o mais favorável do ano - indústria e comércio se preparam para atender à demanda do Natal e contratam pessoal. Os números da Pnad Contínua são, portanto, indicativos de um fim de ano fraco para emprego e vendas.

 

A se confirmarem as projeções para o PIB de 2016, o mercado de trabalho continuará muito restrito.

 

Fonte: Estadão 


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