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Setenta processos que se arrastavam na Justiça desde 2013 foram solucionados final do mês de  outubro, por meio de conciliação, em um montante de quase 1 milhão de reais. Esses processos foram interpostos pelo Sindicado dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços do Estado de Rondônia – SITRACOM/RO -, filiado à UGT, e tinha como reclamada a Holding Carlos Elias Participações S/A, composta pelas empresas RMA Agropecuária Ltda e Salmax Nutrição Animal Ltda e, como garantidores as empresas Bilheiro & Rigon Comércio de Produtor Agropecuários Ltda e Agropecuária Pica Pau Comércio e Representações.  Esses trabalhadores eram registrados na empresa cujo nome de fantasia era Casa do Lavrador.

As audiências, que tiveram início às 8h30 da manhã, encerraram-se às 16h15 e foram conduzidas pela juíza Ana Maria Rosa dos Santos, Titular da Vara do Trabalho de Cacoal. Atuou na defesa, em nome do SITRACOM/UGT, a advogada Vanessa Mendonça Gede e o advogado Ezequiel Cruz de Souza, um dos especialistas em direito do trabalho na região, que ao longo de sua carreira tem conquistado várias vitórias jurídicas em favor da classe trabalhadora. Dentre os vários pedidos, estão inclusos adicional de insalubridade e horas extras, bem como outras indenizações.

 “Nos momentos de crises econômicas como as que estamos vivendo atualmente torna-se ainda mais imperiosa a necessidade de os movimentos sindicais unirem-se forças para enfrentar os desafios e lutar bravamente contra o lobby empresarial que, a pretexto de flexibilizar e modernizar as leis trabalhistas, querem, na verdade, retirar direitos conquistados, a duras penas, pela classe trabalhadoras, muitos dos quais, presentes em nossa Consolidação das Leis do Trabalho”, afirmou Francisco Lima.

Ao falar sobre a solução desses processos, o presidente do SITRACOM-RO, Francisco Lima afirmou que esse acordo foi muito importante, uma vez que a empresa havia fechado as portas no Estado e não se preocupou em pagar o que devia aos seus empregados. “Com esse acordo, os problemas enfrentados por esses empregados, agora são amenizados com o recebimento do que lhes era devido”, concluiu. 

Fonte: Estadão