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Dirigentes sindicais abrem o 17º Encontro da Saúde


13/11/2015

O salão de eventos da Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho, em Praia Grande, ficou lotada na noite de ontem, 11, para a abertura do 17º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo. Mais de 300 pessoas entre dirigentes e trabalhadores da saúde estiveram presentes nos debates acerca do tema sobre “Financiamento e gestão em saúde”.

 

Abrindo os trabalhos, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira, pediu um minuto de silêncio em homenagem ao sindicalista Pedro Alberto Tolentino, falecido em 2014. Após as condolências, o presidente iniciou a palestra lamentando a má gestão na área da saúde no Brasil. “Na teoria, o Brasil deveria ser um dos melhores países para se viver no mundo, mas isso não funciona na prática, pois o Brasil é um país muito mal gerido na política e isso reflete na saúde”, diz Edison.

 

O especialista em Gestão Estratégica em Saúde, Educação e Comunicações, Prof. Dr. Rubens Baptista Junior presente na abertura do Encontro falou sobre a crise na área da saúde. “A saúde é um direito do ser humano e o governo tem que buscar alternativas urgentes para cuidar da saúde da população e investir recursos para que os hospitais tenham condições de investir em profissionais de saúde, para que eles tenham condições de atender à demanda com mais qualidade”, diz, destacando que o setor precisa de mais recursos.

 

Na palestra, Rubens Baptista também falou da necessidade de se ter conhecimento. “Conhecimento vale mais do que matéria”, afirmou, citando casos em que o conhecimento tem mais valor do que bens industriais. Na saúde, segundo ele, o conhecimento está expresso em questões como a consulta, o atendimento e o cuidado, muito mais valiosos do que equipamentos e remédios.

 

A presidente do Sindicato da Saúde de Campinas, Leide Mengatti, divide a mesma opinião do especialista em gestão estratégica e afirma que o direito à saúde para o povo brasileiro depende de todos. “A população tem que se unir e defender o direito à saúde, que é constitucional; só com união e luta é que conseguiremos salvar a saúde”, diz.

 

Federação realiza palestra sobre motivação em 17º Encontro da Saúde

O salão de eventos da Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho, em Praia Grande, ficou novamente lotado na manhã de hoje para o segundo dia do 17º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo.

 

Para dar sequência aos trabalhos, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira, fez a introdução do primeiro seminário do dia e passou a palavra para a fundadora e diretora geral do Instituto Carioca de Gestalt-Terapia, psicóloga e palestrante motivacional, Teresa Amorim, que apresentou o tema “Como manter a motivação em tempos de crise”.

 

A palestrante iniciou a sua apresentação ao som de Tim Maia e explicou as diferenças entre motivação e estímulo: “é impossível motivar alguém porque a motivação vem da própria pessoa, é intrínseco. O que podemos e devemos fazer é estimular, incentivar ou provocar os desmotivados para que eles busquem o melhor de si”, diz a palestrante.

 

A motivação, de acordo com Teresa, está condicionada a valores, necessidades, interesses diferentes e na história de vida de cada um. “Diferente da motivação, o estímulo é extrínseco, ou seja, está fora de nós e é fundamental que passemos isso de um para o outro que precisa de ajuda”.

 

Em momento de crise que passa o Brasil, Teresa destaca a importância dos gestores em estimular os seus funcionários insatisfeitos e os acomodados e afirma que os chefes precisam reconhecer as competências de cada pessoa para uma ação coletiva.

 

“Podemos provocar a motivação para a ação de nossa equipe e cabe ao gestor desenvolver o processo de aprendizagem e desenvolvimento da equipe de trabalho a qual lidera”, explica.

 

Entre as ações apontadas pela palestrante para estimular os funcionários estão: incentivar e apostar nas pessoas; desafiar um padrão de excelência; explicitar de forma clara os objetivos empresariais; aceitar as limitações das pessoas; respeitar o ritmo e tempo das pessoas; e respeitar os sentimentos.

 

Presidente da UGT-SP recomenda investir na representatividade política da saúde

O fato de o trabalhador estar fora do centro do poder leva à precarização dos direitos trabalhistas, segundo Luiz Carlos Motta, que sugere atuar na conscientização dos trabalhadores sobre a necessidade eleger seus próprios representantes

 

Convidado para debater o tema "Participação política da categoria da saúde nas esferas de poder de decisão no País" no 17º Encontro Paulista da Saúde, o presidente da União Geral dos Trabalhadores do Estado de São Paulo (UGT-SP), Luiz Carlos Motta, disse que o trabalhador da saúde "tem de estar onde se tomam as decisões" para que possa preservar os direitos trabalhistas e tentar avançar nas conquistas.

 

Motta fez parte da mesa ao lado do presidente da Federação da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, e de três sindicalistas da saúde que foram candidatos. Um deles, Luis Vergara, é vereador em Franca e foi candidato a deputado estadual com apoio da Federação em 2014. Leide Mengatti, presidente do Sinsaúde Campinas, foi candidata a vereadora. E Paulo Pimentel chegou a ser vereador e presidente da Câmara de Santos.

 

Também presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado São Paulo e suplente de deputado federal pelo PTB, Luiz Carlos Motta sabe que não é fácil eleger representantes de trabalhadores para o Congresso Nacional. E cita números para comprovar a perda de representatividade: são apenas 51 deputados federais ligados à causa dos trabalhadores no atual mandato, ante 83 eleitos em 2010. E o que é pior, segundo ele, é o crescimento do número de parlamentares da classe empresarial.

 

A consequência disso são as perdas trabalhistas, como o veto ao cálculo 85/95 da aposentadoria, o avanço da terceirização no mercado de trabalho e a perda do poder dos sindicatos.

 

"É através da política que as coisas acontecem", afirma o sindicalista, destacando que, desde 2012, a Fecomerciários tem um projeto de eleger representantes: Corrente Comerciária. De 46 candidatos a vereador em 2012, 11 foram eleitos. A tendência é aumentar em 2016. "Hoje já temos mais de 200 políticos nessa corrente".

 

O modelo dos comerciários, segundo Luiz Carlos Motta, pode servir para o setor da saúde. Mas ele vai além, ressaltando que trabalha na UGT para expandir a representatividade de todas as categorias filiadas. "Temos de deixar de ser coadjuvantes na política. Vamos ser protagonistas, participar de decisões e interferir nas questões parlamentares."

 

Precarização - O fato de o trabalhador estar fora do centro do poder leva à precarização dos direitos trabalhistas. O caminho para que a Saúde possa ter seus representantes nas esferas municipal, estadual e nacional é promover a conscientização dos trabalhadores. "Se a gente não ocupar esse espaço, alguém vai ocupar", diz Luiz Carlos Motta, defendendo que os sindicalistas atuem na busca por candidatos afinados com a causa.

 

Presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, ressaltou que é preciso que a categoria coloque "gente que tem vontade de lutar e pensar nas pessoas". É preciso pensar no coletivo e "dispensar os individualistas". A Federação, em parceria com a UGT, vai trabalhar para construir candidaturas para 2016 nas cidades onde têm sindicatos filiados.

 


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