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Indústria tem aperto recorde para pagar 13º salário


09/11/2015

Com a indústria em um dos seus piores anos e mais dificuldade para fazer caixa, cresce o número de empresas que devem buscar financiamento de bancos para pagar o 13º salário e aumenta o valor do empréstimo que elas pretendem fazer neste ano.

 

Pela lei trabalhista, a primeira parcela da remuneração extra deve ser paga até o dia 30 deste mês e a segunda, até o dia 20 de dezembro.

 

O percentual de indústrias paulistas que informaram que terão de recorrer a terceiros para pagar o benefício aos trabalhadores é de 35% –o maior patamar desde 2009, ano em que a economia sofreu o impacto da crise internacional. Em 2014, quando o setor já enfrentava retração nas vendas, 29% informaram que utilizariam crédito para quitar o salário extra.

 

Pequenas, médias e grandes indústrias pretendem pegar emprestado, em média, 81,3% de suas folhas de pagamento. É o mais alto patamar dos últimos seis anos, quando atingiu 78,4%.

 

Com estoques elevados e encomendas sendo feitas com atraso, o percentual de indústria que conseguiu provisionar recursos para pagar o 13º (42,3%) é o menor da série histórica da pesquisa da Fiesp (federação das indústrias paulistas), iniciada em 2008. Foram consultadas, 499 indústrias de todos os portes e segmentos.

 

Oito em dez empresas esperam vender menos em 2015. A previsão é que as vendas de final de ano fiquem 14% abaixo de 2014.

 

"Este ano já figura como o pior da economia desde há muito tempo. Só a indústria paulista deve fechar 250 mil postos. Em 2009, tivemos perda de 110 mil vagas. O resultado para pagar 13º não poderia ser outro", diz Paulo Francini, diretor de pesquisas e estudos da Fiesp.

 

A indústria brasileira acumula até setembro queda de 7,4%, segundo o IBGE. Nos últimos 12 meses (encerrados em setembro), houve corte de 1,239 milhão de empregos -sendo 961 mil na indústria.

 

O economista Fabio Silveira, diretor da consultoria GO Associados, projeta queda da produção industrial de 8,5% neste ano. "É a maior da série iniciada em 1990, época do Plano Collor." E chama a atenção para o tamanho da perda de participação da indústria no PIB: em 1991, respondia por 23,4%; neste ano, passou para 10,7%. 

 

Fonte: Folha de São Paulo


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