06/11/2015
A gestão Fernando Haddad (PT) apura suspeita de fraude na contratação da empresa que realizou a Parada do Orgulho LGBT de 2015, que custou R$ 1,3 milhão aos cofres municipais.
Apesar de ser um evento que acontece todos os anos, o contrato assinado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos ocorreu com dispensa de licitação e em esquema emergencial a poucos dias da parada, que aconteceu no dia 7 de junho.
A empresa contratada foi a SP Eventos, que já realizou outras edições do evento. O contrato foi para serviços de infraestrutura logística, incluindo mão de obra e materiais.
A CGM (Controladoria-Geral do Município) fez uma auditoria no processo de contratação e encontrou graves falhas. Os detalhes devem ser divulgados nesta sexta (6) pela gestão Haddad.
O envolvimento de ao menos um servidor, Eduardo Cardoso, é apurado. Ele pediu para ser exonerado no mês passado, mesma época em que seu nome apareceu em outra investigação.
Na ocasião, a CGM constatou indícios de fraude na contratação de uma gráfica, a Graftec, por um valor de R$ 4,3 milhões. A apuração do órgão constatou que as outras duas empresas que concorreram no pregão presencial eram ligadas à vencedora e tinham até sócios em comum.
A Folha apurou que ambas investigações na pasta comandada por Eduardo Suplicy (PT) acabaram causando uma reformulação interna na secretaria. A reportagem ligou para o secretário, que disse que se pronunciaria sobre o assunto, mas acabou não retornando às ligações.
Antes da investigação, a prefeitura teve atritos com a direção da parada –entre eles, a diminuição da verba de R$ 2 milhões no ano passado para R$ 1,3 milhão.
A reportagem não localizou o ex-servidor Cardoso e a empresa SP Eventos na noite desta quinta (5).
Fonte: Folha de São Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores