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A luta do Sintepav-PE em prol dos trabalhadores da Refinaria de Abreu e Lima


26/10/2015

“Está tudo parado. Grande parte do que já foi feito na Refinaria de Abreu e Lima está se deteriorando, hoje lá não chega a 80 postos de emprego, mas já tivemos 60 mil trabalhadores,” relata Aldo Amaral, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

 

Segundo o sindicalista, aproximadamente 25% do que já foi feito na refinaria, já precisa ser refeito, o que faz com que a obre encareça ainda mais. “Era mais fácil terminar a obra do que deixar isso acontecer,” diz Aldo.

 

Em menos de um ano, a Refinaria de Abreu e Lima passou de empresa propulsora do desenvolvimento da região para a maior frustração, seja para os trabalhadores e trabalhadoras, para os credores ou para a população da cidade que, visando uma boa oportunidade de negócio, investiu em infraestrutura para atender aos funcionários que iriam trabalhar ali.

 

A gigantesca construção da Petrobrás, que era erguida no município de Ipojuca, Pernambuco, está com suas obras paralisadas desde que as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, apontaram irregularidades em contratos, o que vem prejudicando todos que dependiam, direta ou indiretamente, do início das atividades da Refinaria. “Estávamos crescendo acima do PIB da união e hoje estamos numa situação de desemprego enorme. Agora não sabemos o que fazer, pois já tem família de trabalhador passando necessidade e o governo não apresenta nenhuma noticia boa,” explica o Sindicalista.

 

Segundo o dirigente, a obra da Petrobrás estava impactando positivamente no Estado, mas agora, com essa interrupção, ninguém sabe quando serão retomadas as atividades, e que neste momento as únicas obras do Governo Federal na região são: a transnordestina, obra ferroviária para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco; e a Transposição do Rio São Francisco, que se arrasta e, em muitos pontos, já precisa de reforma.

 

Batalha judicial

 

“Estamos com diversos trabalhadores que precisam receber rescisões, mas não conseguem, principalmente o pessoal da antiga Alusa, que agora é Alumini Engenharia, fizemos uma assembleia geral dos credores em que foi aprovada a recuperação judicial dessa empresa, mas o Ministério Público de São Paulo solicitou o cancelamento da assembleia alegando que o plano de recuperação teve mudanças e que os outros credores não ficaram a par da situação,” relata Aldo enfatizando que quem perde com isso são os trabalhadores que estão na expectativa e precisam de receber o mais rápido possível.

 

Aldo salientou que apesar de todas as dificuldades, o Sindicato conseguiu receber 53% das rescisões por meio de um bloqueio que feito nas contas da Petrobrás, o que na época foi distribuído para os trabalhadores, mas ainda tem o restante. “Ainda temos muito a receber com multa e com tudo o que os trabalhadores estão cobrando e por direito, o problema é que não temos expectativas, já que na região não tem emprego na área da construção e, para piorar, não vemos um horizonte próximo de melhoria dessa situação,” descreve Aldo.

 

Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT

 


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