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Sindicalizar. Esta foi a mensagem principal passada pelos participantes do talk show “Estratégias e tomada de posição para o fortalecimento da união comerciária”, nesta sexta, 16 de outubro, no encerramento do 24º Congresso Sindical Comerciário do Estado de São Paulo, em Atibaia. O jornalista Roberto Souza recebeu no palco do evento os dirigentes sindicais Luiz Carlos Motta, presidente da Fecomerciários e da  Estadual da UGT/SP; Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT; Márcia Caldas, presidente do Sincomerciários de São José do Rio Preto e coordenadora da Secretaria da Mulher da Federação; e Edson Ramos, secretário-geral do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da Federação.

Para uma plenária formada por mais de mil congressistas, eles abordaram a importância de se valorizar os comerciários e como o oferecimento de serviços e benefícios, aliados às ações sindicais, são eficazes para aproximar a categoria das suas entidades representativas. A participação dos comerciários na política, com a eleição de representantes da categoria nos poderes Legislativo e Executivo também foram apontados pelos entrevistados como item fundamental para valorizar os trabalhadores.

Também houve foco na sindicalização. Amauri Mortágua, presidente do Sincomerciários de Tupã, foi chamado ao palco para explicar o porquê das premiações nacionais e internacionais ao Sindicato campeão de sindicalização. Resumidamente os participantes talk show afirmaram:

Márcia: “Temos uma importância fundamental para valorizarmos os comerciários. Serviços e benefícios, todos concedidos com o custeio sindical, são válidos, mas sem comprometer nossas lutas sindicais. Eles ocorrem na maioria dos Sindicatos Filiados à Federação, nas áreas de saúde, educação, lazer e esporte. Sempre destacando o que é o Sindicato, as vantagens da sindicalização. Com estas atividades também podemos e devemos trabalhar para mudarmos no trabalhador a visão negativa que muitos ainda trazem do movimento sindical”.

Edson: “Temos uma gama enorme de realizações com as lideranças de Motta e Patah. Com o passar do tempo conquistamos espaços. Porém, para consolidarmos esta conquista temos que nos dar respeito. Assim, atingiremos melhor qualidade de vida. Nossa luta começa em Congressos como este e se estendem até o chão da loja, local onde deve haver diálogo frequente. Cabe a nós abrirmos oportunidades para o comerciário ter voz e vez”.

Já Ricardo Patah destacou que “é preciso observar que atrás de um sorriso, obrigatório na profissão de comerciário, existe uma pessoa que precisa estar mais próxima do Sindicato. Vamos refletir sobre isso. Sindicalizar é fundamental, concordo. Entretanto, a necessidade real é estarmos mais próximos dos comerciários. No comércio há informalidade e rotatividade que devem contar com o nosso combate. E este tem de avançar com os melhores resultados de sindicalização. Quero dizer que além de conseguirmos sindicalizados temos que atuar retendo estes trabalhadores. Diante desse cenário é nosso dever discutir e defender os recursos que permitem a realização das nossas mobilizações, das nossas atividades em geral. Sindicato sem sócio é Sindicato sem alma”.

Motta: “A representatividade dos comerciários precisa ser ampliada. O momento atual do Brasil é difícil. Somos grandes o suficiente para enfrentarmos adversidades, inclusive diante da questão política. Somos maiores depois que conquistamos quase 95 mil votos em 2014. Essa consciência política tem que ser ampliada. Como? Elegendo nossos representantes. O caminho é conquistarmos na política o que estamos conquistando no sindicalismo e na área trabalhista. Esse comprometimento já existe entre nós. Vamos valorizar a nossa combativa categoria na esfera política por que é entre ela que se dá as discussões das nossas causas. Para tanto, é preciso votar e conseguir votos para os nossos candidatos e candidatas”.