09/10/2015
Lourenço Ferreira do Prado, presidente da Contec - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, entidade filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT), avalia que a greve dos bancários, em seu terceiro dia, cresce em todo o País motivada pela intransigência do setor bancário. Lourenço dia que a proposta oferecida aos trabalhadores foi indecente, uma vez que o país está com uma inflação de 9,88% e a Fenaban ofereceu apenas 5.5% de reajuste mais um abono de R$ 2.500.
A greve, que começou no dia 6 de outubro, já conta com a adesão de 100% dos trabalhadores e atinge principalmente o núcleo de processamento dos bancos e, em função da resistência patronal, não tem prazo para acabar.
Segundo Lourenço, a pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban em agosto e pedia reposição da inflação (9.88%), ganho real e PLR compatível com os grandes lucros das empresas.
Apenas no dia 25 de Setembro os bancos deram sua contraproposta: 5.5% de reajuste, nada de ganho real e um abono de R$ 2.500. Oferta considerada indecente e rejeitada pelos trabalhadores, que decidiram pela greve por tempo indeterminado.
O presidente da Contec espera que até a próxima semana a Fenaban chame para nova rodada de negociação, que será submetida às assembleias estaduais dos trabalhadores do setor.
“Um setor com tantos lucros, no país com a maior taxa de juros do mundo, uma proposta como foi oferecida constrange o trabalhador bancário”, finalizou Lourenço, que diz lamentar que a intransigência patronal acabe penalizando a população como um todo.
UGT - União Geral dos Trabalhadores