08/10/2015
Nesta quinta-feira, 08/10, a sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em SP, foi palco de encontro das centrais sindicais e Inspir (Instituto Sindical Interamericano Pela Igualdade Racial), para traçar ações de atividade sindical racial programadas para a semana da Marcha das Mulheres Negras, que acontecerá de 15/11 a 20/11, em Brasília.
Cleonice Caetano de Souza, diretora e secretária da Diversidade do Sindicato dos Comerciários de SP, secretária da Saúde e Segurança do Trabalho da UGT e representante da central no Inspir, destacou a importância da união na luta racial para o fortalecimento e conquista dos direitos.
“A gente vem acompanhando essa tendência de, nós mulheres, perdermos nossos espaços. Mas não nos deixamos vencer. E contamos também com o apoio dos companheiros das nossas centrais, que vêm para fortalecer as atividades. São muitos os homens que entendem que a luta é nossa, de mulheres e mulheres negras. Seja na questão LGBT, de pessoas de ruas, com deficiência, em todas temos pessoas negras. E sabemos muito bem o quanto acentua e potencializa a discriminação, quando a questão é a cor da pele”, ressalta Cleonice.
Jana Karen Silverman, do centro de Solidariedade da AFL-CIO (maior central norte-americana), está na organização do seminário de novembro e deu um panorama do que será levantado. Entre as pautas: discutir a questão das mulheres negras trabalhadoras, o feminismo negro, machismo e racismo.
Luciana Ramos, diretora de Política de Ações Afirmativas da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), esteve no encontro representando o secretário e vice-ministro Ronaldo Barros, do mistério de Igualdade Racial e Direitos Humanos. Agradeceu a articulação política das centrais e a força que dão para desenvolver os projetos junto ao governo. “O Seppir assumiu um compromisso com vocês, porque compreendemos o trabalho e a luta de todos(as) vocês, e nosso compromisso é apoiar essa atividade”, diz.
Destacou a importância de pensar as possibilidades específicas das trabalhadoras negras e a necessidade de se discutir no seminário, a possibilidade junto ao Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) de se ter acesso ao fundo para a questão racial. “É importante pensar a pauta para a semana da consciência negra. Uma semana que será um reflexo da luta pelos direitos das mulheres negras. Articular as pessoas para o seminário para se somem à Marcha. A grande importância dessa Marcha é essa confluência de todas nós em diversos segmentos e intersetorialidades. Todas as dimensões que nos afetam estarão lá”, pontua Luciana.
E para a reta final, será feita uma nova reunião, no dia 29/10, às 10h, na Nova Central – Rua Silveira Martins, 53 – 1o andar.
UGT - União Geral dos Trabalhadores