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A GM (General Motors) vai suspender temporariamente as operações do segundo turno na fábrica de São Caetano do Sul (SP) a partir de quinta-feira (8) até março de 2016.

A montadora informou que a medida foi necessária por causa da retração nas vendas e que os empregados desse turno serão colocados em "lay-off" (suspensão do contrato de trabalho). A GM não divulga o número de funcionários que serão afastados.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano (filiado à Força Sindical), 1.600 trabalham nesse turno (das 15h às 23h40). No total, a fábrica tem 9.000.

"A medida é necessária para adequar a produção à atual demanda do mercado brasileiro, que registra queda superior a 30% desde janeiro do ano passado", informou, em nota, a montadora.

"O número nos surpreendeu porque a negociação em curso previa um 'lay-off' para 650 pessoas. A GM pretendia demitir esse pessoal, mas evitamos, com essa medida, cortes até março", diz Aparecido Inácio da Silva, presidente do sindicato.

"São cerca de 290 carros por dia que deixarão de ser fabricados. A produção já caiu de 56 por hora para cerca de 36 a 38."

Ainda segundo o sindicato, outro grupo de cerca de 800 funcionários, já em "lay-off", terá prorrogada a suspensão do contrato por um novo período de três meses. A montadora não forneceu detalhes sobre esse grupo.

MITSUBISHI

Em Catalão (GO), a Mitsubishi demitiu cerca de 400 funcionários, segundo informou o sindicato dos metalúrgicos da região.

A montadora informa que fez um ajuste no quadro, não cita números e confirma que concedeu férias coletivas para cerca de 1.500 a partir de segunda (5) até o dia 24 deste mês. São cerca de 3.500 no total na fábrica. "A queda de 21,4% nas vendas entre janeiro e agosto impôs um ajuste."

Uma reunião entre sindicato, empresa e Ministério Público do Trabalho, iniciada segunda, prossegue nesta terça para buscar um acordo.

Fonte: Folha de S.Paulo