19/09/2007
As centrais sindicais CGT (Central Geral dos Trabalhadores), SDS (Social Democracia Sindical) e CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores), mais um grupo de sindicatos independentes, se uniram para criar a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e, nesta segunda-feira, se encontraram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o convidaram para o congresso de fundação da entidade. O lançamento da central está marcado para o dia 19 de julho, em São Paulo e, de acordo com os sindicalistas, Lula teria conformado presença. A UGT aguarda a presença de 2.500 delegados no congresso de fundação. Segundo o Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Lula viu com bons olhos" a criação da nova central porque, segundo Patah, a entidade tem como objetivo discutir questões sociais, como a situação de trabalhadores que atualmente vivem na informalidade. De acordo com Patah, indicado para ser o presidente da UGT, apenas na capital paulista há 120 mil comerciários trabalhando na informalidade. Além de discutir questões de interesse dos trabalhadores, como reajustes salariais, a UGT quer discutir outros pontos como segurança, saneamento básico e reformas política e tributária. "Os excluídos não são atendidos quando procuram os sindicatos e nós queremos dar guarida aos excluídos", afirmou Patah. Questionado se a formação da nova central tem relação com a medida provisória que pretende regulamentar as centrais sindicais no país, Patah afirmou que a fundação da UGT não tem relação com possíveis mudanças determinados pela MP. "Não estamos unificando por conta do dinheiro [contribuição sindical partilhada entre as entidades]. Nem imaginávamos que fosse ter essa MP, mas, claro, vamos ter dinheiro"."
UGT - União Geral dos Trabalhadores