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Presidente palestino abandona acordos de paz firmados com Israel


01/10/2015

No dia em que a ONU hasteou pela primeira vez a bandeira palestina em sua sede, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que seu governo não está mais vinculado a acordos com Israel.

 

A declaração foi feita nesta quarta (30) em meio a uma escalada de tensão em Jerusalém, com choques entre a polícia israelense e fieis palestinos em um local sagrado para judeus e muçulmanos.

 

Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, Abbas declarou o fim do compromisso com os acordos de Oslo (1993), cujo objetivo era terminar a ocupação israelense dos territórios palestinos.

 

Ele acusou Israel de violar os acordos ao manter assentamentos judaicos nos territórios palestinos e não transferir poderes reais para a ANP, entidade que ele preside.

 

"Somos os únicos comprometidos com a aplicação desses acordos, enquanto Israel continua a descumpri-los", disse. "Por isso, não podemos continuar vinculados a esses acordos e Israel deve assumir todas as responsabilidades como força de ocupação."

 

Não está claro quais são as consequências práticas do anúncio. Nos últimos anos, Abbas ameaçou diversas vezes dissolver a ANP para protestar contra a falta de avanço no processo de paz, mas manteve sua estrutura de pé e continuou a cooperar na área de segurança com Israel.

 

Pelo plano traçado pelo segundo acordo de Oslo, de 1995, a ocupação israelense terminaria em 1999. Além de discordâncias entre os dois lados, a profunda divisão política dos palestinos também travou a implementação. Abbas só governa uma parte do território palestino, a Cisjordânia, enquanto a faixa de Gaza está sob o controle do grupo extremista Hamas.

 

Abbas disse que seu governo mantinha "a mão estendida" para a paz e a solução de dois Estados, mas que o fracasso dos últimos anos exigia maior pressão sobre Israel.

 

"A situação atual é insustentável", disse Abbas, prometendo recorrer somente a "meios legais e pacíficos".

 

Nesse sentido, ele exortou a ONU reconhecer a Palestina como membro pleno –hoje seu status é de observador.

 

BANDEIRA

 

Os palestinos puderam celebrar uma vitória simbólica, quando sua bandeira foi hasteada na sede da ONU. A cerimônia foi acompanhada por palestinos e diplomatas de países que apoiaram a decisão, entre eles o chanceler Mauro Vieira, do Brasil.

 

Em seu discurso, Abbas acusou Israel de fomentar a violência no setor mais sensível de Jerusalém ao permitir a entrada de judeus extremistas na área conhecida como Monte do Templo, para os judeus, e Nobre Santuário, para os muçulmanos. Nas últimas semanas o local foi palco de repetidos confrontos.

 

Em resposta, o gabinete do premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que Abbas fez um discurso "enganoso" e o acusou de "encorajar o incitamento e a calamidade".

 

Fonte:Folha De S.Paulo


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