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Trabalho formal encolhe, e desemprego sobe a 7,6%


25/09/2015

Há 1,85 milhão de desempregados nas 6 principais metrópoles, segundo o IBGE

 

Em um ano, 445 mil vagas com carteira assinada se fecharam, pior resultado da série, iniciada em 2002

 

BRUNO VILLAS BÔAS

DO RIO

Uma das principais conquistas do mercado de trabalho nos últimos anos, o emprego formal, com carteira assinada, está em rápido processo de deterioração.

 

Em um ano, 445 mil pessoas perderam o status de trabalhadores formais nas seis principais metrópoles do país, o pior resultado da série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2002.

 

O total de trabalhadores com carteira assinada caiu assim 3,8% em agosto ante ao mesmo mês do ano passado, divulgou o instituto nesta quinta-feira (24).

 

Em agosto, a porcentagem de trabalhadores com carteira assinada repetiu a de julho: 49,7%. Desde julho de 2013, a formalidade vinha se sustentando sempre acima de 50% dos empregos.

 

Com a inversão de tendência, são agora 11,3 milhões de trabalhadores protegidos pelas leis trabalhistas nas seis regiões metropolitanas –Salvador, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. É o menor contingente desde julho de 2012 (11,2 milhões).

 

O processo é movido por demissões em setores mais formalizados, como a indústria e a construção, diz Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

 

Com um mercado de trabalho tão restrito, mais pessoas têm se virado em trabalhos por conta própria –pequenos negócios sem funcionários, como camelôs e variados serviços autônomos.

 

O contingente de trabalhadores por conta própria cresceu em 98 mil pessoas em agosto, alta de 2,2% em relação a igual período de 2014.

 

É uma ocupação considerada, em geral, mais precária porque não oferece proteção social e benefícios trabalhistas, como 13º salário, férias, multa por rescisão.

 

TAXA

 

O resultado reflete o quadro de deterioração geral do mercado de trabalho, com mais procura por emprego e aumento das demissões.

 

A taxa de desemprego subiu para 7,6% em agosto nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras.

 

É a maior taxa desde março de 2010 (7,6%). E está 2,6 pontos percentuais acima da do mesmo mês do ano passado, quando estava em 5%.

 

Em agosto, 415 mil pessoas perderam emprego nas metrópoles, na comparação a agosto do ano passado. Foi o prior resultado da série histórica, iniciada em 2002.

 

O saldo é uma massa de 1,85 milhão de pessoas desempregadas nas metrópoles pesquisadas. Esse total de desempregados é 52,1% maior do que em agosto do ano passado. Nessa base de comparação foram 636 mil pessoas a mais desempregadas.

 

Fonte:Folha De S. Paulo 

 


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