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Presidente do Bradesco afirma que HSBC será transferido em até 120 dias


25/09/2015

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, garantiu, na manhã dessa quinta-feira (24), uma transição tranquila para os  21,7 mil funcionários do HSBC. A instituição financeira inglesa teve sua operação no Brasil adquirida pelo Bradesco e o clima entre os trabalhadores é de insegurança, pois nos processos de aquisição de instituições financeiras acabam ocorrendo muitas demissões.

 Trabuco  recebeu Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Gladir Antonio Basso, vice presidente da Contec, Sérgio Luiz da Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás e Luiz Carlos Motta, presidente da Estadual São Paulo da União Geral dos Trabalhadores, na Cidade de Deus, em Osasco, sede do Bradesco.

 

O presidente do Bradesco disse que a operação de compra do HSBC ainda não foi oficializada pelo Cade, por essa razão a operação das duas instituições continuam sendo realizadas de maneira independente, já que o Bradesco ainda não teve acesso a parte administrativa do banco. Ele salientou que a partir do momento em que o Cade autorizar a compra, o Bradesco levará de 90 a 120 dias para concluir a migração. Isso, na opinião do banqueiro, só deverá ocorrer entre fevereiro e março de 2016. "Até lá, o HSBC vai continuar com sua operação normal", disse. 

O presidente do segundo maior banco privado do País, afirmou que o Bradesco já adquiriu outras instituições no Brasil, e que o aproveitamento dos funcionários foi de quase 100%. "É uma tradição do Bradesco valorizar os trabalhadores das entidades financeiras que  incorporamos e não será diferente com  o HSBC", sentenciou. 

 

Ricardo Patah, presidente da UGT, afirmou que a central é a segunda maior em representação de bancários no País e, na sua opinião, a compra do HSBC pelo Bradesco é vista com bons olhos pela central. "Afinal  trata-se de uma instituição nacional comprando uma multinacional. Isso fortalece e valoriza nosso sistema financeiro", afirmou. O sindicalistas, no entanto, lembrou ao presidente do Bradesco que a UGT está empenhada no sentido de garantir os postos de trabalho dos bancários do HSBC e que já iniciou uma campanha nesse sentido. "Esperamos que o bom senso prevaleça. Nesse momento de crise economia o maior patrimônio do trabalhador é o emprego e temos que preservá-lo".

 

Gladir Antonio Basso, vice presidente da Contec,  afirmou que centro de tecnologia do HSBC em Curitiba trabalham mais de 7.100 bancários e que se houver alguma mudança nesse setor  mais 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos podem ser perdidos na cidade. Além disso, o sindicalista lembrou que só no ano passado o município  arrecadou R$ 84 milhões do Imposto Sobre Serviço (ISS) do HSBC e que esse número equivale a 8,5% de toda a arrecadação do imposto no município e que se  o centro tecnológico  sair  da cidade haverá uma grande perda de arrecadação que irá afetar  toda a estrutura da cidade, que vai desde os serviços básico de infraestrutura a saúde

 

O sindicalista também destacou que todos os anos no Natal, a sede do HSBC promove na cidade paranaense o Natal Iluminado. Isso atrai milhares de pessoas de cidades vizinhas e de outros estados, tendo grande impacto no setor hoteleiro e de serviços da cidade. "Caso o Bradesco  não mantenha essa programação haverá  grande perda  para a economia de Curitiba", disse. 

 

Gladir, ao lado de Patah e de Sérgio da Costa entregaram um documento ao presidente do Bradesco, onde apontam a importância da manutenção dos postos de trabalho da instituição bem como a manutenção do centro tecnológico do HSBC em Curitiba. "Toda força de trabalho merece respeito e atenção, principalmente diante de um mercado de trabalho de poucas oportunidades e justamente num momento de crise econômica que o País atravessa. Por essa razão o Bradesco tem uma importância fundamental na manutenção dos postos de trabalho no HSBC", disse Patah.

 




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