14/09/2015
Nesta terça-feira, 1º de setembro, as centrais sindicais União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ), Força Sindical e CGTB, em conjunto com entidades dos movimento sociais, realizaram ato em frente a sede do Banco Central, no Centro do Rio, em protesto contra a alta dos juros.
O ato aconteceu no dia em que diretores e presidentes da autarquia discutiam, em reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a taxa básica de juros (a Selic) e em
meio a paralisação dos trabalhadores do BC que, segundo um de seus representantes, reivindica o respeito aos trabalhadores que não aceitam o parcelamento do reajuste de 21,3% proposto pelo órgão.
Sob o mote "Juros de 14,25% afrontam emprego, salário e produção", os manifestantes afirmavam que o gasto com juros é o principal entrave ao crescimento. De janeiro a junho deste ano, diziam eles, a despesa do setor público com juros alcançou 7,92% do PIB, acima dos governos anteriores (Lula e FHC). De acordo, ainda com as lideranças sindicais, de janeiro a junho, foram transferidos aos bancos, sob a forma de juros, R$ 225 bilhões e 870 milhões, 88% a mais do que o mesmo período do ano passado.
Representando o presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa, o diretor Rogério Chagas, presidente do Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal (Sisguario) criticou a recessão e a alta dos juros. "O país está falindo, as empresas quebrando, as taxas aumentando. A política implantada está maquiando uma recessão, dizendo que o povo será feliz em 2016", disse ele, convocando os sindicatos de base a participar das manifestações contra a atual política de juros.
"Redução dos juros já! Não aos cortes na educação, na saúde pública, moradia, transportes e nos direitos dos trabalhadores, aposentados e pensionistas. Basta de desviar recursos públicos para os bancos", gritavam os manifestantes.
UGT - União Geral dos Trabalhadores