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Setor de acabamento demite e agrava crise na construção


28/08/2015

A construção civil fechou julho com uma queda de 0,87% no nível de emprego no país e acumulou 184,6 mil demissões nos sete primeiros meses de 2015, segundo pesquisa do SindusCon-SP (sindicato do setor).

 

Uma das poucas áreas que vinha sentindo menos os cortes, a de acabamento de obras, também foi impactada em julho –baixa de 0,9%.

 

Nos meses anteriores, o setor de acabamento conseguiu manter o ritmo por causa de projetos que ainda estavam em andamento, sobretudo na área imobiliária, e que agora começam a chegar ao fim.

 

"Sem lançamentos, os trabalhadores que atuam no estágio final das obras são dispensados, pois não há projetos novos para realimentar o ciclo [do mercado imobiliário]", diz José Romeu Ferraz Neto, presidente da entidade.

 

"Com todos os segmentos atingidos, está completa a tragédia para o setor."

 

Em julho, o Nordeste foi a região que sofreu a maior queda percentual de empregos na construção (-1,09%). O Norte foi a única área com número positivo: 0,75%.

 

O SindusCon-SP projeta que o cenário deverá se agravar nos próximos meses e que o ano terminará com cerca de 475 mil postos fechados.

 

"A nova fase do Minha Casa Minha Vida ajudaria a segurar um pouco as demissões, mas está atrasada e não há perspectiva de que vá mudar", diz Ferraz Neto.

 

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SEM RECEITA PARA CRISE

 

Apesar de afirmar que o setor de alimentação fora de casa é um dos primeiros a ser atingido por crises, o diretor-geral na América Latina da Nestlé Professional (de soluções para bares, restaurantes e hotéis), Christof Leuenberger, diz que as estratégias da empresa não se alteram no país.

 

"Não estamos fazendo programa emergencial e mudando preços. Os projetos atuais não são de crise. São os mesmos que estão funcionando em todo o mundo."

 

A empresa foca em duas frentes. A primeira está relacionada ao desenvolvimento de soluções mais versáteis.

 

"Como o Docello, [preparo] utilizado em diferentes receitas e que substitui vários processos na cozinha. São produtos que ajudam o restaurante a baixar custo e ter eficiência operacional."

 

O segundo pilar da Nestlé Professional é a aproximação dos clientes. No Brasil particularmente, a companhia também trabalha para ampliar a cobertura geográfica.

 

"Estamos focando no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Salvador."

 

O país é o quinto maior mercado do segmento de alimentação fora de casa da Nestlé. Considerando todas as áreas da empresa, porém, fica na quarta colocação.

 

"Isso indica que temos oportunidades aqui. O Brasil tem o mesmo volume de vendas que o México, apesar da população ser maior."

 

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CAFÉ REVISADO

 

A rede de cafeterias Grão Espresso vai abrir cerca de 60 unidades neste ano e no próximo em todo o país. Hoje, são 259 pontos em operação em 22 Estados. O plano é chegar a 600 cafeterias até 2019.

 

Desde o início do ano, já foram inauguradas 16 cafeterias. Devem ser abertas mais 14 até dezembro. Para 2016, estão previstas pelo menos 45 novas franquias.

 

Por conta da crise econômica, a rede contratou uma consultoria para revisar custos de operação e cardápio das unidades para torná-las mais rentáveis aos franqueados e possibilitar a expansão.

 

"Conseguimos com isso reduzir em 15% o custo da mercadoria e aumentar em 12% o tíquete médio das cafeterias", diz Pedro Weinberg, fundador da Grão Espresso.

 

Fonte:Folha De S.Paulo 


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