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O Sindicato dos Motoboys do Estado de São Paulo (Sindimotosp), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizou, nesta quarta-feira (26), uma grande manifestação pelas ruas da cidade, em protesto as medidas adotadas pelo prefeito Fernando Haddad que prejudicam, não só a categoria, mas, na opinião dos motoboys, toda a população.

“Não somos contra as ciclofaixas ou ciclovias, mas para elas serem implantadas, o prefeito tirou as faixas exclusivas para moto, está estreitando o espaço e espremendo os veículos, isso é ruim para todos os motoristas e, principalmente, para os motociclistas”, explica Gilberto Almeida dos Santos (Gil), presidente do Sindimotosp.

Segundo Gil, a Prefeitura precisaria ter adotado políticas públicas de educação e conscientização no trânsito, mas ao invés disso, como forma de aumentar a arrecadação do município, preferiu punir e multar. “Agora São Paulo anda a 50 km/h e radar para multar é o que não falta. E para onde está indo dinheiro das multas ? Já que não está sendo feito nenhum programa educacional. Até o setor patronal está aqui hoje, pois nem o patrão está aguentando”, disse Gil.

No ano passado, nesta mesma data, 26 de agosto, o Sindicato dos Motoboys, realizava uma manifestação em que era exigida a formulação de políticas públicas de segurança para motofretistas e motociclistas, na ocasião foi criado, juntamente com técnicos da Prefeitura, um Grupo de Trabalho (GT) Motofrete que, apesar de inúmeras reuniões, pouca coisa se concretizou em relação à implantação de programas que contribuam para a redução dos acidentes, sendo adotadas, segundo ops motoboys, somente medidas punitivas.

O ato, que contou com o apoio de diversas entidades ugetistas, do Sindicato Patronal e de representantes de motoclubes  teve início na frente do Sindimotosp, no bairro do Brooklin Novo, percorreu o Corredor Norte Sul, que engloba as avenidas Washington Luís, Rubem Berta e 23 de Maio e seguiu até a Prefeitura, onde foi entregue uma carta de reivindicações. Logo depois, os manifestantes foram para frente da Câmara dos Vereadores, onde o ato terminou com um buzinaço.

As reivindicações são:

- Criação da faixa de segurança para motos, legalização, regulamentação e normatização, aprovação do PL 178/11-municipal;

- Não ao estreitamento de faixa de circulação de veículos;

- Regulamentação já das empresas de aplicativos de motofrete;

- Não para a indústria das multas;

- Mais bolsões de estacionamento para motos;

- Incentivo para a regulamentação do motofrete e fiscalização nas empresas clandestinas;

- Investimento nem campanhas de educação para convivência pacífica entre todos os atores no trânsito pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito (FMDT), Lei Municipal 14.488/07;

- Não as proibições de circulação de motocicletas pelas vias de trânsito.