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Investimento estrangeiro em empresas no país recua 37%


26/08/2015

A queda nos investimentos estrangeiros em empresas no Brasil se aprofundou neste terceiro trimestre.

 

Em julho, os investimentos diretos no país recuaram 37%, para US$ 6 bilhões. Para agosto, o Banco Central projeta uma entrada de US$ 3 bilhões, bem abaixo dos US$ 10 bilhões registrados no mesmo período de 2014.

 

Se a projeção oficial for confirmada, o resultado acumulado nos oito primeiros meses do ano deve apresentar queda de quase 40%.

 

Os dados do BC mostram que praticamente todos os grandes setores econômicos foram afetados pela escassez de novos recursos de fora.

 

Destacaram-se as quedas na indústria de petróleo e biocombustível, extração de minerais e de produtos alimentícios, além dos serviços de eletricidade e financeiro.

 

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que os motivos para a queda na entrada de capital estrangeiro para o setor produtivo são os mesmos que afetam os investimentos com capital nacional.

 

"A atividade econômica e eventos não econômicos têm afetado esses investimentos diretos", afirmou Maciel.

 

Entre os entraves apontados pelo BC estão os desdobramentos da Operação Lava Jato (que envolve Petrobras e grandes construtoras, por exemplo) e o risco de falta de energia no início do ano.

 

DEFICIT EXTERNO CAI

 

Maciel disse que a queda no investimento direto não compromete o financiamento do deficit do país nas suas transações de bens, serviços e rendas com o exterior, que também recuou neste ano por causa da crise econômica.

 

O deficit externo recuou 24%, para US$ 44,1 bilhões, nos sete primeiros meses do ano. Em 12 meses, está em 4,34% do PIB, enquanto o investimento direto no país, sua principal fonte de financiamento, ficou em 3,81%.

 

Para analistas, o deficit externo ainda é elevado, mas deve continuar em queda, o que será positivo para o país, diante das incertezas em relação à disponibilidade de dólares para financiá-lo.

 

Uma das principais contribuições para o deficit menor vem da redução de 37% na remessa de lucros ao exterior. Isso ocorre porque as empresas estão lucrando menos. Além disso, o câmbio torna o ganho ainda menor quando feita a conversão para o dólar.

 

Também contribuem a melhora na balança comercial, que deixou de ser deficitária. Houve ainda saída menor de dólares na conta de viagens. Os gastos dos brasileiros lá fora caíram 30,4% em julho em relação a julho de 2014.

 

 

Fonte:Folha De S. Paulo


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