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Jovem procura trabalho e desemprego sobe


26/08/2015

Aumento no número de pessoas que tentam uma vaga eleva taxa de desocupação para 8,3% no segundo trimestre

 

Mais 1,587 mi passou a procurar emprego e não conseguiu, a maior parte jovens que largaram os estudos

 

BRUNO VILLAS BÔAS

DO RIO

Uma combinação de maior procura por trabalho sem a geração de novas vagas aumentou o número de pessoas desocupadas no país para 8,35 milhões e elevou a taxa de desemprego para 8,3% no segundo trimestre.

 

No mesmo período do ano passado, a taxa havia sido de 6,8%. No primeiro primeiro trimestre, a taxa era de 7,9%.

 

O número de pessoas que procuraram emprego sem encontrar cresceu 23,5%, ou 1,587 milhão a mais de desempregados na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

 

Os dados são da Pnad Contínua, pesquisa nacional de emprego do IBGE, e foram divulgados pelo instituto nesta terça-feira (25).

 

Esse contingente crescente de desempregados é formado sobretudo por jovens que estavam dedicados exclusivamente aos estudos –apoiados na renda familiar– e que agora chegam ao mercado de trabalho para complementar o orçamento do lar.

 

"Se a renda do chefe da família não é suficiente, o jovem tem de ir para a fila de emprego", diz Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

 

No segundo trimestre, a taxa de desemprego das pessoas de 18 a 24 anos foi de 18,6%, bem acima de um ano atrás (15,3%). Entre os jovens de 14 a 17 anos, a taxa foi ainda maior: de 24,4%.

 

O rendimento real dos trabalhadores foi de R$ 1.882 no segundo trimestre, queda de 0,5% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve variação de 1,4% –considerado estabilidade pelo IBGE.

 

A procura por emprego é frustrada, porém, pela menor geração de vagas. A população ocupada foi de 92,2 milhões de pessoas de abril a junho deste ano, uma aumento de apenas 0,2%.

 

Para piorar o quadro, atividades que vinham contribuindo para o aumento da formalização do emprego no Brasil cortaram vagas. É o caso da construção, que demitiu 673 mil na comparação com o mesmo período do ano passado, redução de 8,6%.

 

Assim, o Brasil perdeu 971 mil empregos com carteira de trabalho assinada de abril a junho deste ano em relação ao mesmo período de 2014, segundo o IBGE.

 

Uma parcela dos demitidos foi buscar em bicos e negócios próprios uma solução. O número de trabalhadores por conta própria (sem empregados) cresceu em 989 mil, para 22 milhões de pessoas.

 

REGIÕES

 

A taxa de desemprego cresceu em todas as regiões brasileiras no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2014: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%).

 

Entre os Estados, a Bahia teve a maior taxa de desemprego do país (12,7%), e Santa Catarina, a menor (3,9%).

 

Com a crise na indústria e na construção, São Paulo responde por 3 de cada 10 novas pessoas desempregadas no país.

 

No Estado de São Paulo, houve um incremento de 489 mil desempregados no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, que levou a um total de 2,113 milhões de pessoas sem trabalho.

 

Fonte:Folha De S. Paulo


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