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Contrabando afunda volume formal de comércio entre Colômbia e Venezuela


25/08/2015

 

Números publicados pela Câmara de Integração Econômica Venezuelana-Colombiana (Cavecol) dão ideia da magnitude do contrabando que – em grande medida – causou o fechamento da fronteira entre os países na quinta-feira. De acordo com os dados, o volume de comércio entre os países passou de US$ 1,235 bilhão entre janeiro e julho de 2014 para US$ 769 milhões no mesmo período deste ano – uma redução de 38%.

 

Segundo dirigentes da Cavecol, no entanto, estudos da entidade mostram que os produtos não deixaram de cruzar a fronteira nessa medida. “O que houve foi um crescimento brutal da informalidade, ou, como se poderia dizer de forma mais clara, do contrabando”, declarou ao Estado, em Caracas, a administradora de empresas Rosa Ortega, consultora de companhias estrangeiras que operam no país. 

 

“O subsídio estatal e a discrepância entre as bandas de câmbio oficial e paralela fazem com que produtos venezuelanos cheguem ao mercado da Colômbia com preços muito abaixo do custo do outro lado da fronteira, incentivando a atuação do mercado negro.”

 

Na visão da Cavecol, no entanto, a manutenção por um longo tempo do fechamento da fronteira deve causar ainda mais danos à abalada economia da Venezuela. “É preciso ter cuidado para que as consequências do fechamento da fronteira não sejam piores do que suas causas”, declarou o presidente da entidade, Víctor Montiel, ao jornal El Universal, de Caracas. 

 

De acordo com a câmara, a maior parte dos estabelecimentos comerciais e de serviço da região de Táchira – Estado vizinho do Departamento (província) colombiano de Norte-Santander – está fechada desde quinta-feira por insegurança, desabastecimento ou falta de empregados.,

 

Estrago. Diante das cifras que envolvem a importância da região fronteiriça, há a preocupação de que a paralisação da economia local pode causar danos maiores ao quadro nacional.

 

A fronteira entre Venezuela e Colômbia é uma das mais extensas do mundo, com 2,2 mil quilômetros. Do lado venezuelano, estima-se que vivam na área 5 milhões dos pouco mais de 30 milhões de habitantes do país.

 

Além das ações de contrabandistas, o governo venezuelano também justifica o fechamento da fronteira como forma de conter a violência na região. Pouco antes do anúncio do bloqueio, feito pelo presidente Nicolás Maduro, quatro agentes do Estado venezuelano, incluindo três militares, foram atacados a tiros supostamente por grupos do crime organizado que atuam na fronteira. Pelo menos duas das vítimas estão em estado grave.

 

Previsto inicialmente para durar 72 horas, o bloqueio foi posteriormente prorrogado por tempo indeterminado.

 

Em seu site, a Cavecol disse repudiar “todo ato de violência e ilegalidade” em Táchira, mas ressaltou seu apoio “ao comércio formal e à geração de empregos dignos que melhorem a qualidade de vida na extensa e ativa fronteira”.

 

Fonte: Estadão

 

 


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