Notícias

Uma grande sensação de alívio, emoção, a consciência do dever cumprido e a certeza de que a união e a determinação são as principais armas para se vencer qualquer pequena ou grandiosa batalha. Este foi o sentimento transmitido pelos metalúrgicos de Angra dos Reis nesta quinta-feira, 20 de agosto, em reunião com os membros da diretoria executiva da União Geral dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (UGT RJ), em Angra os Reis, sul  do estado.

Depois de um processo eleitoral conturbado, os integrantes da Chapa do Peão (Alternativa Metalúrgica), eleitos com grande margem de votos pelos metalúrgicos daquela região, tomam posse na noite desta sexta-feira, 21, com um grande motivo para celebrar; afinal, foram quatro eleições, sendo três ganhas e uma suspensa pela justiça uma vez constatada a ilegalidade do pleito.

A cidade, que praticamente gira em torno do antigo estaleiro Verolme (hoje Brasfels) e seus 7.500 trabalhadores, também compartilha deste sentimento. 

Central sindical que desde o início dos processos seletivos vem apoiando a luta desses bravos metalúrgicos, a UGR-RJ não deixou de ser referendada por toda a diretoria hoje legitimada. “A UGT acreditou em 35 malucos, chegou enfrentando um sistema corrupto, os caciques de Angra dos Reis”, afirmou o líder da chapa campeã, Manuel Vieira Sales, garantindo que os trabalhadores estão muito satisfeitos com o resultado das urnas.

A força da mulher metalúrgica

Única e primeira mulher da categoria a enfrentar o desafio de promover a tão sonhada mudança na vida de toda uma cidade depois de 17 anos de desmandos e descaso com a classe trabalhadora, Cristiane Marcolino Vergílio, 30 anos, casada com um metalúrgico e mãe de uma menina, mostrou a que veio, ratificando a força  e confiança nela depositada pela grande maioria masculina.

Metalúrgica desde o ano de 2004, Cristiane, eleita vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, lembra que a luta dos integrantes da chapa “Alternativa Metalúrgica” começou em 2013.

“Nos reuníamos na surdina, com medo de sermos mandados embora. Sempre assumi o risco, mas pra mim não dava mais”, disse ela, revelando-se ansiosa por uma mudança de rumos. “Resolvi não me acovardar”, desabafou, reforçando o fundamental e decisivo apoio da UGT no processo.

O início de novos tempos

Presidente da UGT-RJ, Nilson Duarte Costa concluiu: “É assim que se faz sindicalismo, estando perto do trabalhador, ouvindo-o, principalmente. É assim que se faz mudanças, com o trabalhador unido. Por isso, não abrimos mão do lema de nossa bandeira, a promoção de um sindicalismo cidadão,ético e inovador”.

Com palavras de apoio aos novos líderes sindicais, chamando-os a atenção para o início de novos tempos, agora de reconquista da confiança dos trabalhadores metalúrgicos e da credibilidade da entidade sindical, os diretores da UGT foram categóricos: o mérito da vitória foi dos trabalhadores metalúrgicos de Angra dos Reis.

Fonte: UGT Rio de Janeiro