UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

Lava Jato prende ex-vereador do PT e investiga contrato do Planejamento


13/08/2015

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) mais uma fase da Operação Lava Jato e passou a investigar um contrato para fornecimento de crédito consignado a servidores federais intermediado pelo Ministério do Planejamento.

 

Essa 18ª fase foi intitulada Pixuleco 2, por ser uma continuidade da etapa anterior.

 

De acordo com a PF, a Consist Software, empresa envolvida na Lava Jato, ficou responsável pela gestão de empréstimos consignados concedidos a servidores federais, que foram acordados com a Associação Brasileira de Bancos pelo Ministério do Planejamento.

 

A Consist, ainda segundo os investigadores, repassava 40% do valor que recebia do negócio a empresas indicadas por Alexandre Romano, advogado e ex-vereador do PT em Americana (SP) preso nesta quinta pela Lava Jato, e pelo lobista Milton Pascowitch.

 

Romano foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e será levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quartel-general da Lava Jato.

 

O esquema teria movimentado R$ 52 milhões.

 

Algumas dessas empresas que recebiam o dinheiro desviado eram de fachada; outras, recebiam sem a efetiva prestação de serviços. Os investigadores afirmam que entre as empresas que emitiam "notas ideologicamente frias" estão escritórios de advocacia.

 

Dos dez mandados de busca e a apreensão cumpridos nesta quinta pela PF estão quatro escritórios de advocacia. Dois deles, em Curitiba, costumam prestar serviços ao PT.

 

Um é o escritório do advogado Guilherme Gonçalves. Ele é um dos principais especialistas do Paraná em Direito Eleitoral e atuou ano passado como coordenador jurídico da coligação que elegeu Ratinho Jr. (PSC-PR) deputado estadual, e também como advogado de campanha de Gleisi (PT-PR) Hoffmann ao governo do Paraná.

 

Segundo a Folha apurou, o escritório enviou documentos à PF para comprovar que houver prestação de serviços não só em relação ao caso em questão, mas em outros, inclusive com interposição de ações.

 

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba. Um dos mandados de busca e apreensão atinge a empresa JD2 Consultoria, no Setor Hoteleiro, em Brasília.

 

ATÉ JULHO

 

Segundo o procurador Roberto Henrique Pozzobon, os investigadores chegaram até esse esquema após as oitivas realizadas com os gestores da Consist na fase anterior da operação –a que prendeu o ex-ministro José Dirceu.

 

Um ex-funcionário do Ministério do Planejamento, morto no ano passado, teria recebido valores oriundos desse desvio.

 

"O esquema ocorreu até o mês passado", disse o delegado Igor Romário de Paula.

 

"Podemos estar diante de um novo modelo [de desvio e repasse de dinheiro]".

 

O procurador Pozzobon disse que a "audácia" dos envolvidos, realizando pagamentos meses após a Lava Jato ter sido deflagrada, justifica a manutenção das prisões preventivas efetuadas até agora.

 

"Com certeza esse esquema acontece em outros setores que ainda não foram identificados", afirmou o delegado federal Márcio Adriano Anselmo.

 

Fonte:UOL


Categorizado em: Geral,


logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.