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Grécia vive agora crise com imigrantes


13/08/2015

Cerca de 2.500 imigrantes foram retidos em um estádio de futebol abandonado na ilha grega de Kos, depois que a tropa de choque da polícia fracassou em seus esforços para conter as ondas de imigrantes recentes recolhidos nos últimos dias de acampamentos improvisados.

 

Diversos dos imigrantes, em sua maioria sírios e afegãos, desmaiaram como resultado de insolações, e um deles teve um ataque epiléptico, informou a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), que estava prestando assistência médica dentro do estádio. Segundo a ONG, não havia acesso a água potável dentro do local.

 

A polícia local alegou que o objetivo era registrar os imigrantes antes que seguissem para Atenas e, de lá, para países da Europa ocidental. A MSF afirmou que apenas três agentes faziam esse serviço, o que tornou a situação insustentável. Até o fim da noite desta quarta (12), ainda havia cerca de 600 pessoas dentro do estádio.

 

O episódio é reflexo do fato de que a Grécia se tornou o principal ponto de entrada de imigrantes que buscam chegar à Europa de barco.

 

O fluxo dos que chegaram ao país este ano já superou as chegadas à Itália, que tradicionalmente servia como portão de entrada principal para os imigrantes marítimos –a violência crescente na Líbia tem tornado a rota mais perigosa. Em 2015, a Grécia já recebeu 25 mil a mais.

 

O principal porto de entrada é justamente a ilha de Kos, no mar Egeu, distante apenas 4 km da costa de Bodrum, na Turquia ""onde imigrantes sírios e afegãos permanecem num limbo de legalidade.

 

Devido à situação econômica da Grécia, a quase totalidade dos estrangeiros que chegam não querem permanecer no país, mas sim seguir para lugares mais desenvolvidos da União Europeia, como Holanda e Alemanha.

 

O premiê grego, Alexis Tsipras, classificou a situação de "uma crise dentro da crise" pela qual o país passa.

 

O fluxo migratório suscita temores de um gargalo na ponta oposta do território da Grécia, em sua fronteira norte, com a Macedônia.

 

Soldados macedônios fecharam a fronteira por breve período, em junho, bloqueando a rota de saída de milhares de refugiados que esperavam chegar ao norte da Europa, e criando a perspectiva de um fechamento mais permanente da fronteira, no futuro.

 

Para dar conta da chegada de imigrantes, o governo grego anunciou o deslocamento de um navio com capacidade de até 2.500 pessoas que irá funcionar como um centro de processamento de chegadas.

 

Duas unidades da tropa de choque também foram enviadas de Atenas para a região.

 

RESGATE

 

Ainda nesta quarta (12), a Itália anunciou o resgate de 52 imigrantes no Mediterrâneo, parte deles içados por helicóptero, após o bote em que viajavam afundar no meio da travessia.

 

Os sobreviventes, que foram transferidos para a ilha de Lampedusa, afirmam que a embarcação continha ao menos cem passageiros –metade dos quais permanece desaparecidos.

 

O resgate foi filmado após o helicóptero da Marinha ter localizado náufragos apoiados em destroços em mar aberto.

 

A Marinha italiana afirma ter coordenado o resgate de 1.700 pessoas no Mediterrâneo apenas na última terça.

 

Fonte:Folha De S. Paulo

 

 


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