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Após mais de um mês fechada, Bolsa de Atenas reabre com queda de 22,9%


03/08/2015

Depois de firmar acordo com credores e bancos voltarem a funcionar, Grécia reativa mercado financeiro; Bolsa teve forte baixa na aberturaDepois de se tonar o primeiro país desenvolvido a deixar de pagar uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 30 de junho, a Grécia fez um acordo com seus credores para um novo pacote de ajuda e conseguiu reabrir seus bancos, que ficaram fechados por três semanas, no último dia 20. Hoje, o país dá mais um passo na tentativa de restabelecer a normalidade econômica: reativou a Bolsa de Atenas, que ficou fechada por mais de um mês.

 

A Bolsa de Atenas retomou as operações nesta segunda-feira com uma violenta queda de 22,9% na abertura do pregão. Todos os componentes do índice Athex operavam no vermelho nos primeiros minutos de negócios. Nos últimos 12 meses, e considerando-se as perdas na abertura de hoje, o Athex acumula desvalorização de 47%. 

 

O mercado acionário grego estava fechado desde 29 de junho, depois de o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciar que o país faria um plebiscito para consultar a população sobre as exigências que credores internacionais fizeram para liberar nova ajuda financeira a Atenas. A decisão de Tsipras repercutiu nos mercados financeiros globais e levou a Bolsa de Luxemburgo a suspender negócios com alguns bônus gregos, tanto corporativos quanto soberanos.

 

Operadores gregos já esperavam um dia atribulado na reestreia do mercado financeiro. A exemplo dos bancos, a Bolsa foi fechada para prevenir que investidores fugissem das incertezas que dominavam a economia do país ao transferir dinheiro para mercados mais seguros. 

 

A expectativa é que uma combinação de transações reprimidas, que não puderam ser feitas no último dioa de pregão, e o mau humor com o futuro da economia grega possam levar a uma forte queda no índice Athenas General Index hoje. Apostas de fontes de mercado dão conta de uma baixa de 20% ou mais.

A negociação de ativos gregos nos Estados Unidos durante o período em que a bolsa esteve fechada sugere um dia ruim. “A possibilidade de ver uma única ação subir na sessão de hoje é quase zero”, disse o chefe de operações da Beta Securities, Takis Zamanis.

 

Fragilidade. O mercado de ações foi fechado pouco antes de controles de capital serem impostos para segurar uma fuga de euros do país. Os bancos comerciais só mantiveram os caixas eletrônicos em operação. Como a situação das instituições era muito frágil, o governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras determinou que cada cidadão poderia sacar, no máximo, 60 euros por dia. 

 

Recessão. A situação da economia grega continua, porém, no limite do caos. A Comissão Europeia prevê que a Grécia voltará à recessão em 2015, com contração de 2% a 4%. As medidas de austeridade que o país vem implantando ao longo dos últimos cinco anos para desafogar sua dívida pública considerada insustentável – equivalente a 177% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional – não conseguiram surtir o efeito de recuperar a economia. 

 

Estima-se que o PIB grego tenha encolhido cerca de 25% desde 2010. O desemprego no País está ao redor de 25%, enquanto o número de jovens sem trabalho chega a 50% da população entre 18 e 24 anos.

 

Por várias semanas, pairou a dúvida se a Grécia continuaria na zona do euro. O tema dividia líderes das maiores economias da Europa. 

 

Ontem, em entrevista ao jornal econômico alemão Handelsblatt o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, criticou o colega Wolfgang Schaeuble, responsável pelas finanças da Alemanha, por sugerir que a Grécia deveria sair temporariamente da zona do euro, mas disse que o relacionamento entre franceses e alemães não está enfraquecido, apesar de considerar que Schaeuble agiu errado nesta questão.

 

Font:Estadão 

 

 




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