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Obama vai à Etiópia debater terror em meio a atentado em país vizinho


27/07/2015

Presidente americano quer ampliar combate ao Al Shabaab, que assumiu ataque na Somália

 

Explosão em hotel mata ao menos nove; milícia islâmica fala em retaliação a coalizão apoiada pelos EUA

 

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcou na noite deste domingo (26) na Etiópia, o segundo país africano de sua viagem ao continente –ele estava no Quênia.

 

A chegada de Obama, cujo foco será o combate ao terrorismo na região, ocorre no mesmo dia em que o grupo radical islâmico Al Shabaab atacou um hotel de luxo em Mogadício, capital da vizinha Somália, deixando ao menos nove mortos –entre eles um diplomata chinês.

 

Ao assumir o atentado, realizado por um suicida que parou um carro com explosivos no hotel Jazeera e detonou as bombas, o Al Shabaab disse tratar-se de uma resposta aos ataques aéreos feitos pelo governo somali e por uma coalizão da União Africana (UA) contra seus membros.

 

Obama fará nesta terça (28) um discurso na sede da UA em Adis Abeba, capital etíope, em que falará sobre a cooperação entre os EUA e o bloco dos 54 países africanos para conter o avanço terrorista no leste africano.

 

Em comunicado, o governo americano classificou o ataque ao hotel em Mogadício de "abjeto".

 

A Etiópia, assim como o Quênia, é um dos países que mantêm tropas na Somália como parte da missão da UA para combater o Al Shabaab, com apoio americano.

 

Ainda no Quênia, Obama declarou que o grupo terrorista foi "debilitado" nos últimos meses pela ofensiva da UA, mas afirmou que o problema não está resolvido –o atentado no hotel de Mogadício confirma a instabilidade da região.

 

O Al Shabaab perdeu recentemente o controle de importantes cidades estratégicas da Somália, recuperadas pelo governo. A milícia islâmica anunciou em 2012 sua adesão formal à Al Qaeda e luta para instaurar um Estado islâmico na Somália.

 

O país vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, deixando um vácuo de poder, preenchido por extremistas.

 

Já a Etiópia passa por um momento de recuperação econômica e relativa estabilidade. No entanto, há denúncias de violação de direitos humanos. O próprio Departamento de Estado dos EUA denunciou em seu relatório anual sobre o tema, publicado em junho, restrições à liberdade de expressão e intimidação contra opositores.

 

Em maio, a coalizão do premiê etíope, Hailemariam Desalegn, ganhou todos os 546 assentos do Parlamento –a oposição, que tinha apenas uma cadeira, ficou sem nenhuma nesta eleição.

 

O governo tem sido acusado de praticar fraudes para obter o controle absoluto do Legislativo.

 

Fonte: Folha De S.Paulo




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