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Grécia pode ter eleições antecipadas em setembro ou outubro, diz ministro


16/07/2015

Revolta do partido governista Syriza com o novo pacote de austeridade levou o governo a depender de votos da oposição; na quarta-feira, Parlamento conseguiu aprovar a 1ª rodada de reformas

A Grécia pode realizar eleições antecipadas em setembro ou outubro, disse nesta quinta-feira o ministro do Interior, Nikos Voutsis, depois que uma revolta de parlamentares do partido governista Syriza forçaram o governo a depender de votos da oposição para aprovar a legislação vital sobre o resgate.

 

"É bem possível que eleições aconteçam em setembro ou outubro, dependendo dos acontecimentos. Isso será produto de uma análise abrangente, não apenas do governo, sobre os acontecimentos em geral", disse Voutsis segundo texto divulgado pelo seu gabinete de uma entrevista com a rádio Sto Kokkino.

 

Na quarta-feira, o parlamento da Grécia aprovou por 228 votos a favor e 64 contra o primeiro pacote de reformas apresentado pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, como pré-requisito para um novo acordo de resgate com a União Europeia. 

 

As medidas resultarão em € 9 bilhões em corte de gastos e aumento de impostos nos próximos três anos em troca de € 86 bilhões em empréstimos de resgate da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

Financiamento. Apesar da aprovação desse primeiro pacote pelo parlamento grego, o Banco Central Europeu (BCE) ainda deve manter o financiamento de emergência para bancos da Grécia no mesmo patamar nesta quinta-feira, adiando uma elevação que teria permitido que os bancos reabrissem parcialmente. 

 

A autoridade monetária espera que líderes europeus cheguem a uma decisão sobre o apoio financeiro que garante que Atenas possa pagar suas dívidas.

O BCE tem se mantido pronto para aumentar a Assistência de Liquidez Emergencial (ELA, na sigla em inglês) após a Grécia aprovar o acordo de resgate, porém, precisa primeiro assegurar que a Grécia possui o financiamento temporário para quitar o empréstimo de € 3,5 bilhões mais juros que vence na segunda-feira.

 

Uma elevação do financiamento emergencial ajudaria a restaurar a confiança após a Grécia quase ter sido forçada a sair da zona do euro - um debate que desafiou a promessa do presidente do BCE, Mario Draghi, de que a moeda é irreversível.

 

Preocupações. Declarações do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, de que ele foi forçado a aceitar o acordo também levantaram preocupações no BCE, disse uma fonte familiarizada com a discussão, uma vez que sugere que Atenas pode não estar completamente séria sobre cumprir sua parte do acordo.

 

Um empréstimo temporário de € 7 bilhões já foi acertado em princípio, mas os detalhes técnicos só devem ser fechados na sexta-feira, disseram autoridades, indicando que o Conselho do BCE pode ter de voltar a se reunir em teleconferência.

 

Fonte:Estadão

 

A expectativa é de que os parlamentos nacionais também votem o acordo. A Finlândia, conhecida por sua postura cética em relação à Grécia, já aprovou o pacote. O parlamento alemão votará a questão na sexta-feira.

O BCE também manteve suas taxas de juros inalteradas em mínimas recordes, em linha com as expectativas, após o banco central já dizer que os juros atingiram o "limite mais baixo".

O BCE manteve a taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05%. Também deixou a taxa de depósitos em -0,20%, o que significa que bancos pagam para manter recursos na instituição, e manteve a taxa de empréstimo em 0,30%.

 




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