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Mercedes-Benz e Volkswagen devem ser as primeiras empresas do ABC a aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Elas estão na lista das dez metalúrgicas que, até agosto, podem anunciar adesão ao PPE para enfrentar a crise, de acordo com Rafael Marques, que preside o sindicato da categoria na região.

Autopeças, fabricantes de máquinas, eletroeletrônicos e químicas, principalmente de médio porte, estão entre as que devem fazer acordo.

Na Volks, são 2.500 trabalhadores com contrato suspenso ("lay-off"). Na Mercedes, a redução da jornada e de salário foi rejeitada pelos trabalhadores na semana passada.

"Mas agora, com subsídio do governo, [o salário] deve ser reduzido em 5%. A tendência é aprovar o acordo", afirma Marques. "Na próxima semana iniciamos a negociação. Já havia a intenção de usar essa medida."

A Anfavea (associação nacional das montadoras) estima que 27% trabalhadores do setor, ou 37 mil, estão fora do trabalho: em licença remunerada, "lay-off" ou férias coletivas.

MÁQUINAS

"O grau de adesão dependerá da realidade de cada empresa e de saber se tem fôlego para manter os empregos até 2016", afirma Carlos Pastoriza, da Abimaq (entidade que reúne os fabricantes de máquinas).

Para Humberto Barbato, que comanda a Abinee (setor de eletroeletrônicos), "medidas que flexibilizam custos são fundamentais para conter a paulada das demissões".

Fonte: Folha de S.Paulo