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Sintetel e Federação divulgam nota de repúdio às demissões no setor


25/06/2015

O Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecom- SP), entidade filiada à União Geral dos Trabalhadores, junto aos demais sindicatos filiados à Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecom), redigiu uma nota de repúdio às demissões e à precarização do trabalho no setor.

Reunidos em Recife-PE, os representantes dos 21 sindicatos expressaram nesta quinta-feira, 25, sua indignação com o atual cenário, que está gerando insegurança aos trabalhadores da categoria. Isso porque o Sintetel e outros sindicatos já estão em alerta com as dispensas que têm acontecido em maior número do que a rotatividade normal.

As demissões ocorrem de forma individualizada, mas já se sabe que essa é apenas uma estratégia das empresas para disfarçar o que de fato acontece, que são demissões em massa. O maior número de dispensas está entre as empresas contratadas pela Vivo/GVT.

O Sintetel já acionou o sindicato patronal das empresas prestadoras de serviço em telecom para cobrar explicações sobre as demissões recentes. 

 

Segue a nota de repúdio na íntegra:

 

NOTA DE REPÚDIO ÀS DEMISSÕES E À PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL

 

A FENATTEL (Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações) e 21 sindicatos filiados de todo país, reunidos em Recife-PE, vêm  a público expressar o veemente repúdio de centenas de milhares de trabalhadores do setor de telecomunicações ameaçados de pagar com seus postos de trabalho o custo de um modelo de gestão concentrador da renda, pelo qual  a cada ano, mais e mais operadoras transnacionais fundem suas operações, compram no exterior as controladoras daqui, unicamente para multiplicar a margem de lucro e a remessa de bilhões de dólares para suas matrizes, enquanto os que trabalham e geram essa riqueza são simplesmente descartados.

 

Desde a privatização do setor em 1998, ocorre a falta de proteção social, as empresas obtém vantagens e benesses do Tesouro, isenções, sem oferecer qualquer contrapartida social. A cada ano, milhares de postos de trabalho são cortados e a seguir outros tantos são precarizados sendo abertas vagas com piores condições de salário e trabalho.

 

As empresas não se cansam de inovar as mazelas, antes terceirizavam e retiravam direitos, e agora com a fusão GVT-VIVO, sinalizam que irão “primarizar” as atividades de instaladores, colocando-os como empregados diretos, no entanto sofrendo uma redução na massa salarial e benefícios de 30% abaixo do que os mesmos empregados recebiam nas terceirizadas.

 

Cabe aos trabalhadores expressarem seu firme repúdio a esse modelo, cerrarem fileiras ao lado de seus sindicatos e, através de firme mobilização enfrentar as ameaças que esses dois gigantes das telecomunicações mundiais estão tentando impor, como por exemplo, a de reduzir drasticamente o pagamento da Participação em Lucros e Resultados.

 

O Movimento Sindical de Trabalhadores em Telecom não compactua com essa política de “dumping social”, que empobrece pais de família enquanto os lucros dos acionistas aumentam dia a dia. Isso já aconteceu com a mesma GVT que em poucos anos multiplicou os lucros da francesa Vivendi, agora comprada pela Telefónica da Espanha.

 

Pior é que o governo federal e a ANATEL fecham os olhos a isso e permitem que os tubarões do grande capital fazerem suas próprias leis, ignorando a legislação trabalhista do Brasil.

 

●Pela garantia de emprego e renda em todas as fusões de empresas.

●Contra a precarização dos empregos diretos ou terceirizados.

●Em defesa dos direitos e conquistas sociais dos trabalhadores.

●Pelo respeito aos Acordos Coletivos de Trabalho.

●Pela garantia do direito à livre sindicalização e organização.

 


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