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Comerciários de SP participam de Seminário Internacional CNTC – UNI Americas


25/06/2015

Com a presença do vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, José Gonzaga da Cruz, e dos diretores Marinaldo Medeiros, Antonio Evanildo Cabral, Luiz Hamilton de Sousa e Avelino Garcia Filho, nos dias 23 e 24 de junho, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília, aconteceu o Seminário Internacional CNTC-UNI Americas: “Multinacionais no Setor de Comércio no Brasil”. O presidente da entidade, Levi Fernandes Pinto, presidiu a mesa de abertura, nesta terça (23/6), e deu boas-vindas aos mais de 300 participantes, entre os quais dirigentes da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo e de 16 Sindicatos Filiados.

 

Em seu discurso, o presidente da CNTC, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos comerciários em todo o mundo, especialmente no Brasil, que vive um momento crítico com a aprovação de leis que retiram direitos dos trabalhadores.

 

“Vivemos um momento social e político de suma importância em nosso país. Vivemos o pior da crise, com demissões, jornadas exaustivas, perda de direitos e de garantias constitucionais. O setor empresarial e as multinacionais ditam as regras que os trabalhadores serão obrigados a seguir. Nunca foi tão importante mantermos a união da nossa categoria, transformar as nossas pautas em bandeiras comuns, com ações articuladas, com verdadeira união de discurso e ação”, disse o presidente.

 

O primeiro palestrante foi Benjamin Parton, diretor de campanhas e sindicalização da UNI Americas, que fez uma breve apresentação sobre "O que é a UNI?". Segundo ele, a organização sindical representa 20 milhões de trabalhadores no mundo de 12 setores, e o maior é o do comércio.

 

“Precisamos ter influência dentro das grandes empreseis porque são elas que ditam as tendências do mercado. Queremos trabalhar em parceria com os filiados e romper barreiras sindicalizando os trabalhadores das multinacionais”, disse Parton.

 

O segundo palestrante da manhã foi Cláudio Aravena, coordenador no Chile da UNI Americas, que aborda o tema: “Quais as principais empresas multinacionais no setor de comércio no mundo. E na América latina? Qual é a atuação das empresas chilenas no Brasil?”. Ele falou sobre a elaboração de estratégias dos sindicatos junto à UNI para fortalecer os trabalhadores.

 

Gustavo Triani, diretor regional de comércio da UNI Americas, foi o terceiro palestrante, encerrando o ciclo de debates da manhã de terça com o tema: “Quais são as principais empresas de comércio no Brasil?”. Ele falou que “precisamos, no futuro, ter lojas mais familiares e supermercados menores”, e que é preciso “debater como queremos trabalhar no futuro”.

 

Triani também falou sobre o crescimento do e-commerce. Para ele, há um crescimento nesse segmento e os Sindicatos precisam agir para saber quais são os problemas enfrentados pelos trabalhadores desse modelo de comércio. 

 

O coordenador da UNI no Peru, Orhan Akman, abriu a série de palestras da tarde de terça. O tema abordado por Akman foi: “Como as principais empresas multinacionais utilizam seu poder para determinar os rumos do mercado? Qual é o impacto para os trabalhadores? E para os Sindicatos?”.

 

“Como podemos construir o poder?”, perguntou Akman, que respondeu: “Organizando os trabalhadores no local de trabalho. É preciso ter alianças sindicais em empresas multinacionais da UNI e comitês de empresas global e regional da UNI. Com uma militância ativa, temos que fazer forte campanha de sindicalização”, disse.

 

Ele também falou sobre e-commerce, a exemplo do que disse Gustavo Triani, diretor da UNI Americas, em sua palestra de manhã. Akman apresentou gráficos sobre a participação dos países no comércio eletrônico e mostrou-se preocupado com o avanço desse tipo de comércio. 

 

Na segunda palestra da tarde, Luz Marina Díaz, presidente da União de Comércio da Colômbia, abordou o tema: “A implementação do acordo macro global da Carrefour na Colômbia”. Ela destacou a ampliação dos benefícios em Convenções Coletivas aos trabalhadores do grupo, comentou sobre o aumento de filiados, que de 112 em 2011 pulou para 6.500 em 2015, e da capacitação de dirigentes sindicais em algumas regiões de seu país.

 

“A ação sindical avança com as tecnologias e com a comunicação. Manter os trabalhadores é muito importante. Por isso temos boletins que mostram o que está acontecendo em sua loja e em todo o mundo. Temos páginas em todas as redes sociais”, enfatizou Marina Díaz.

 

Orhan Akman voltou a palestrar à tarde sobre modelo de negócios das grandes redes, e como enfrentar as dificuldades impostas pelas multinacionais em relação a delegados nas lojas e sindicalização de funcionários. Ele citou a Sara e a H&M, redes onde há denúncias de trabalho escravo, e empresas de roupa barata que não se importam com os trabalhadores.

 

Já Gustavo Triani ministrou palestra sobre a função política do Sindicato. Segundo ele, o Sindicato tem que ter militância para fortalecer a entidade, lutar por mais benefícios para os trabalhadores e recomendou que eles tenham conhecimento sobre a lei das associações sindicais.

 

Encerramento

Nesta quarta-feira, 24 de junho, último dia do Seminário Internacional, o ciclo de palestras foi aberto por Max Leno, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

 

Leno apresentou dados de pesquisas da entidade sobre proporção salarial, porcentagem de trabalhadores no comércio por gênero, distribuição dos reajustes no comércio em relação ao INPC e crescimento das vendas x ganhos. 

 

Em seguida, os participantes viram um vídeo sobre o trabalho da UNI na defesa dos funcionários do Walmart. Em sua fala, Alan Sable, organizador da UNI Americas, pediu a união dos sindicalistas para intervir na empresa, “pois todos os trabalhadores merecem um trabalho digno”.

 

Depois da exposição de Sable, foi aberta a palavra para que os participantes do seminário fizessem suas considerações finais.

 

Desde o primeiro dia do evento, em cada palestra, os participantes questionam os palestrantes sobre os assuntos, tiram dúvidas e compartilham experiências com os demais. Vários dirigentes comerciários se revezaram ao microfone para discutir os assuntos debatidos no evento. No final, foram entregues a eles certificados de participação.

 

O presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo e da UGT/SP, Luiz Carlos Motta, foi representado nos dois dias do evento por dirigentes da entidade e por presidentes dos Sindicatos Filiados: Jonathan Faleiros (Sertãozinho), Márcia Caldas (São José do Rio Preto), Aparecido Bruzarosco (Ourinhos), José Carlos dos Santos (Araçatuba), Charles Fernandes (Cruzeiro), Vagner Campos (Assis), Carlos Negrisoli (Botucatu), Flávio Zandoná (Avaré), Milton de Araújo (Jundiaí), João Peres Fuentes (Bragança Paulista), Paulo Jefferson (Guaratinguetá), Eurípedes Gonçalves (São José dos Campos), Luiz Alfredo (Lorena), Amauri Mortágua (Tupã).  

 

        

 


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