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O número de brasileiros que admitem beber e dirigir ficou estável nos últimos três anos. Dados da última pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, obtida pela Folha revelam que o índice passou de 7%, em 2012, para 5,9%, em 2014. Esse percentual no ano passado estava em 5,2%.

A Vigitel ouviu 40.853 pessoas nas 27 capitais do país entre fevereiro e dezembro de 2014. A margem de erro da pesquisa varia de acordo com a categoria, podendo chegar a 3%.

A pesquisa indica que na cidade de São Paulo 6,2% dos paulistanos admitiram dirigir após o consumo de álcool em 2014. No ano anterior, o índice estava em 4,7%, depois de sair de 6,8% em 2012.

O secretário de vigilância em Saúde, Antônio Nardi, afirma que, embora os dados indiquem um cenário estável, é preciso aumentar a fiscalização para evitar que os índices voltem a crescer.

"Se tivermos uma intensificação, podemos ter indicadores ainda melhores", defende.

Segundo Nardi, além da diminuição do consumo, o endurecimento na lei também trouxe a primeira redução no número de mortes no trânsito.

Em 2012, o total de mortes no trânsito foi de 44.812, um número que vinha crescendo na última década. Dois anos depois, esse total passou para 42.266, segundo dados do Ministério da Saúde.

Além da variação no consumo de álcool, a pesquisa também traça dados do perfil dos brasileiros que dirigem após beber.

Ao todo, 10,7% dos homens entrevistados admitiram manter esse hábito, contra 1,7% das mulheres. O risco é também mais frequente entre motoristas na faixa etária de 25 a 34 anos. Para este grupo, o índice fica em 9,8%, ou seja, acima da média geral do país.

Fonte: UOL