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Plano troca energia barata por segurança


17/06/2015

Pacote para o setor elétrico dará prioridade ao potencial de geração de energia dos projetos, e não ao custo mais baixo

 

BRASÍLIA - O Plano Nacional de Energia que o governo pretende anunciar no dia 4 de agosto vai embutir uma forte mudança de postura do governo em relação à expansão do setor elétrico. A tônica que sempre norteou os leilões - comprar a energia mais barata possível - dará lugar para aos projetos que oferecem mais segurança para abastecimento energético do País.

 

Em termos práticos, apurou o Estado junto com uma fonte que atua diretamente no planejamento, o governo vai concentrar esforços para contratar, no curto e médio prazos, usinas térmicas alimentadas a gás, em vez de outras fontes tradicionalmente mais baratas - como eólicas e até mesmo hidrelétricas. Isso não significa que as usinas movidas a vento e água deixarão de serem leiloadas. Trata-se, na realidade, de fortalecer a presença dos projetos térmicos em detrimento dos demais.

 

'Bocas de poço'. Para tentar reduzir o preço dessas usinas, a ideia é fazer leilões específicos para essa fonte, para evitar concorrência com outras térmicas. Serão ainda priorizados empreendimentos próximos aos gasodutos e de "bocas de poço" do gás, para reduzir os custos.

 

A prioridade são empreendimentos previstos nos principais centros de consumo, localizados nas regiões Sudeste e Sul.O governo avalia que a busca por tarifas mais baixas incentivou as usinas eólicas, que geram energia de forma intermitente.

 

A geração efetiva dos parques eólicos na região Sul é de 35%, e no Nordeste não supera os 50%. Isso se tornou um problema nos últimos três anos, quando a seca reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que passaram a produzir menos energia do que o normal.

 

O quadro se agravou com os atrasos no cronograma de obras das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte e na linha de transmissão de Teles Pires.O governo quer agregar térmicas maiores e mais modernas para substituir as térmicas mais antigas e caras, movidas a diesel e óleo combustível.

 

A redução do custo de geração de energia seria, portanto, uma consequência da mudança na política de segurança energética, e não mais o objetivo principal. O parque de usinas termoelétricas acionadas atualmente soma pouco mais de 16 mil megawatts (MW), dos quais apenas 10% têm um custo de geração acima de R$ 600,00 por megawatt/hora (MWh).

 

Redução de custo. O governo avalia que, se viabilizar a construção de térmicas a gás que somem 2 mil MW, conseguirá reduzir o custo médio de geração de energia no curto e médio prazo. A ideia é sinalizar ao mercado que os reajustes das tarifas de energia em 2016 não serão como os deste ano, que, em alguns casos, atingem 50%, e a tendência, no ano que vem, será de manutenção dos preços.De quebra, o governo conseguiria diminuir também o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), que penalizou as distribuidoras nos últimos dois anos, com a dependência de aportes do Tesouro Nacional e empréstimos bancários bilionários.

 

 

Fonte: Estadão

 


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