23/08/2012
Sindicalistas do Brasil, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai estiveram reunidos entre os dias 13 e 17 de agosto, na cidade uruguaia de Montevideo, para a realização do curso Auditoria Participativa de Gênero (APG) nos Processos de Autorreforma Sindical, oferecido pela CSA, a partir das diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo do curso - o qual teve a participação da União Geral dos Trabalhadores (UGT) - foi de reforçar a transversalização da dimensão de gênero e das políticas e agendas sindicais.
As APGs têm como objetivo: 1) Identificar acertos, dificuldades e melhoras (cognitivas, de procedimentos e comportamentais) a partir das experiências dos/as auditores/as nas organizações sindicais
2) Apreciar e interiorizar a importância de praticar o respeito, a cooperação, a participação, a responsabilidade, a tolerância, a integração, a solidariedade, a democracia e a justiça no desenvolvimento das auditorias de gênero nos processos de autorreforma sindical
3) Reforçar e multiplicar os conceitos e conhecimentos elementares sobre as APG nos processos de autorreforma sindical
4) Adaptar, aplicar e construir ferramentas para otimizar as APG nos processos de autorreforma sindicais.
Representando a UGT, Elsie Andrade, da UGT Amazonas, disse o curso permitiu colocar em prática as fases de uma Auditoria de Gênero, facilitando a aprendizagem dos conceitos e aplicação das ferramentas como mecanismos de inclusão e participação efetiva das mulheres nas estruturas de poder das organizações sindicais. Participou também o sindicalista Fábio Cruz, diretor do Siemaco/SP.
O curso foi orientado por um Manual em espanhol fornecido pela OIT mas que já sofreu várias alterações propostas nos cursos anteriores. A partir dessa turma, onde já havia participado, também serão incluídas novas técnicas de apresentação e de aplicação das ferramentas. O novo manual sairá em espanhol, mas há uma boa possibilidade de se obter uma versão em português", porém, ressalta Elsie, "nada nos impede de começar as auditorias com o que temos no momento".
Esse foi o último curso realizado na América Latina devido à falta de recursos provocada pela crise financeira na Espanha que acabou por limitar a aplicação de recursos na Fundación Paz y Solidaridad Serafim Aliaga (principal patrocinadora).
redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores