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Após mais um mês de queda nas vendas de veículos --que fez o período de janeiro a maio ser o mais fraco para o setor desde 2007, a Anfavea (associação nacional das montadoras) revisou novamente para baixo a previsão de emplacamentos para 2015.

A entidade trabalha agora com uma queda de 20,6% neste ano em comparação a 2014. Antes, a expectativa era de 13,2% de redução nos licenciamentos.

A conta inclui carros de passeio, comerciais leves e veículos pesados. Juntos, registram retração de 20,9% nos cinco primeiros meses deste ano --com 1,106 milhão de unidades vendidas-- na comparação com igual período de 2014.

Em maio, as vendas somaram 212,7 mil veículos, queda de 27,5% em relação a maio do ano passado.

De acordo com a Anfavea, há 25 mil funcionários de montadoras afastados do trabalho no momento, seja por "lay-off" (interrupção temporária do contrato de trabalho), férias coletivas ou licença remunerada. Além disso, houve redução de 1% nos postos de trabalho no setor entre abril e maio.

"Há um volume excedente de mão de obra, mas buscamos preservar ao máximo o nível de emprego. Nenhuma de nossas empresas gostaria de perder mão de obra qualificada", afirma Luiz Moan, presidente da associação das montadoras.

Com o mercado retraído e sem os incentivos fiscais concedidos no passado, as fabricantes tentam aproveitar a desvalorização do real para retomar a exportação, que cresceu 3% nos cinco primeiros meses deste ano, para 138,45 mil unidades.

O mercado mais promissor é o mexicano, que, além de ter acordo comercial com o Brasil, está aquecido e interessado nos compactos nacionais.

Fonte: Folha de S.Paulo