01/06/2015
Na manhã de sexta-feira, 29, lideranças da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) realizaram ato em frente à sede do Sindicato dos Comerciários do Rio em protesto aos desmandos do interventor José Carlos Nunes.
As centrais reclamam que a intervenção decretada pela Justiça do Trabalho, em outubro de 2014, com o intuito de pôr fim às irregularidades encontradas, não tem cumprido o seu papel.
De acordo com recente reportagem publicada na revista Veja sob o título “Interventor do Sindicato dos Comerciários do Rio dá cargo a ‘camaradas’ do PCdoB”, desde que assumiu o cargo, José Carlos Nunes demitiu dezenas de comerciários, começando uma onda de distribuição de cargos e altos salários a amigos, parentes, familiares de juízes e dirigentes do PCdoB, partido político do qual é filiado.
Os sindicalistas consideram “as eleições sindicais previstas para 17 de junho um jogo de cartas marcadas, um processo viciado, direcionado para assegurar a vitória da chapa montada pelos comunistas”.
De acordo com o diretor executivo da UGT nacional, Regis Cristal, centenas de pessoas, integrantes do PCdoB, estão sendo filiadas sem que pertençam à categoria. “Queremos que os comerciários se filiem e possam votar. Por isso, estamos aqui, em nome do presidente Ricardo Patah (da UGT nacional), pedindo a anulação dessa eleição. Estamos entrando com uma ação no Ministério Público para que os direitos dos trabalhadores sejam concedidos”, sinaliza ele, criticando o salário de cerca de R$ 50 mil do atual interventor.
Assessor político do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, ele acrescenta que a chapa do PCdoB inscrita no processo eleitoral está sob coordenação de um militante do PCdoB da Bahia (Marcelo Baiano). “Será que no Rio não tem comerciário capacitado para coordenar uma chapa? Definitivamente não aceitamos essa roubalheira, essa corrupção no movimento sindical. Chega!”, diz o comerciário ugetista, Regis Cristal.
Fonte: UGT Rio de Janeiro
UGT - União Geral dos Trabalhadores