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Importação de máquinas e ferramentas industriais cai 12,3% no 1º quadrimestre


01/06/2015

A queda da atividade industrial do país derrubou a importação de bens de capital. O desembarque desses produtos recuou 12,3% no primeiro quadrimestre deste ano, segundo a Abimei (associação dos importadores).

 

No total, o valor negociado ficou em US$ 14,2 bilhões

 

(R$ 45 bilhões na cotação atual). No mesmo período de 2014, haviam sido US$ 16,2 bilhões (R$ 51,6 bilhões).

 

"As empresas estão sufocadas, sem recursos. O aperto fiscal, com o aumento do PIS/Cofins para importados, dificula ainda mais", afirma o presidente da entidade, Ennio Crispino.

 

A alta do dólar -que poderia dar competitividade à indústria, fazê-la comprar máquinas e investir- também não tem alavancado o setor.

 

Fornecedor de equipamentos para o mercado de usinagem, o Grupo Bener, por exemplo, já registrou queda de 20% no faturamento de 2014. Neste ano, o recuo deverá ser superior, de acordo com o diretor Ricardo Lerner.

 

Até agora, o segmento de autopeças da empresa foi o mais afetado, e o aeroespacial, o menos. "Esse é muito ligado à Embraer e à cadeia de fornecedores dela. O de óleo e gás, que costuma ser bom, também está estagnado", afirma o empresário.

 

"Até o segmento médico, um dos mais resistentes, está sofrendo com os juros altos e a dificuldade de crédito."

 

A Abimei projeta que a retração do setor possa alcançar 24,6% neste ano. Em 2014, o recuo -o terceiro consecutivo- ficou em 7,6%.

 

MULTINACIONAIS RESISTENTES

 

Apesar da retração registrada pelas importadoras de máquinas e equipamentos nos últimos anos, as multinacionais que atuam no Brasil acreditam em uma recuperação do mercado.

 

Na japonesa Makino, que vende máquinas de alta tecnologia para o corte de metal, a previsão é que os negócios comecem a melhorar em 2016. No primeiro quadrimestre, a empresa teve um recuo de quase 50% na receita bruta brasileira.

 

Globalmente, o faturamento anual da companhia é de cerca de US$ 1,6 bilhão.

 

A alemã Trumpf, de soluções para o uso de lasers, registrou queda de 30% no ano fiscal que está se encerrando.

 

"Em 2015-2016, na melhor das hipóteses, andaremos de lado, mas a estratégia é de longo prazo", diz o diretor-presidente no país, João Visetti.

 

"A matriz acredita que o Brasil vá se recuperar e mantém a base para atender o mercado quando ele voltar a crescer", acrescenta.

 

ANÁLISE DE MERCADO

 

A Greiner Bio-One, de instrumentos para análises clínicas, vai triplicar a capacidade de sua fábrica em Americana (SP), a única na América Latina.

 

O plano movimentará em torno de R$ 110 milhões em investimentos e será realizado em duas fases.

 

Hoje, a unidade produz 240 milhões de tubos para coleta de sangue a vácuo por ano. O objetivo é chegar a 420 milhões de unidades anuais até o ano que vem.

 

Nessa etapa, serão aportados R$ 42 milhões.

 

"O país é muito dependente de insumos importados. Apesar da crise econômica, ainda não sentimos reflexos no nosso negócio", afirma Haroldo Graci, gerente-geral da subsidiária no Brasil.

 

Em um segundo momento, a empresa vai aumentar a capacidade para 720 milhões de unidades ao ano.

 

"A partir de 2018, vamos começar a vender para os países latinos", diz Graci.

 

A previsão é exportar cerca de 3% do total produzido.

 

INJEÇÃO DE RECURSOS

 

O Ministério da Saúde vai disponibilizar R$ 23,5 milhões para o desenvolvimento de projetos em 23 linhas de pesquisas. O chamamento público será aberto nesta segunda-feira (1º).

 

Entre os temas propostos, estão os impactos do programa Mais Médicos em áreas vulneráveis, as principais causas de morte materna entre os povos indígenas e a avaliação da qualidade da atenção hospitalar no país.

 

Poderão participar do processo instituições brasileiras de ensino superior, institutos, centros de pesquisas e companhias públicas que atuem com ciência, tecnologia e inovação.

 

O prazo para apresentar os projetos termina em 15 de julho. Após 30 dias, o Ministério divulgará os trabalhos selecionados, que terão 24 meses para serem concluídos.

 

No ano passado, a pasta desembolou cerca de R$ 110 milhões para o desenvolvimento de pesquisas.

 

Súditos... A confiança do consumidor do Reino Unido recuou três pontos de abril a maio e ficou em um (em escala que varia de -100 a 100 e na qual números mais elevados indicam maior otimismo), segundo pesquisa da GfK.

 

...desanimados O indicador está um ponto acima do verificado em maio do ano passado. O subíndice que mais diminuiu nos últimos 12 meses foi o que mensura a situação econômica geral futura (queda de 12 pontos).

 

Sentimento oposto Na Alemanha, por sua vez, o consumidor está mais otimista. A expectativa econômica atingiu 38,3 pontos em maio -três a mais que em abril. A propensão a comprar também avançou: passou de 58,3 para 62,6.

 

 

Fonte: Folha de S. Paulo


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