27/05/2015
5 milhões e 250 mil pessoas, esse é o número do público estimado, que pode conferir, ao longo desse mês de maio, as imagens que retratam o período de luta do povo brasileiro pela volta da democracia no país, expostas no canteiro central da Avenida Paulista, cartão postal da cidade de São Paulo.
Na cerimônia de encerramento, que aconteceu na Livraria Cultura na manhã desta quarta-feira (27/05), Ricardo Patah, presidente da UGT (organizadora da exposição), comemorou o fato da cidade de São Paulo ter sediado 1 quilômetro de exposição fotográfica proporcionando debates e discussões políticas para toda a sociedade.
Patah lembrou que a liberdade que a população tem hoje, de sair às ruas e exigir mais direitos, se deve a esse período, onde houve muita luta para que chegássemos até aqui e disse que não podemos nos esquecer que algumas pessoas entregaram suas vidas em nome da democracia. E que portanto, “precisamos relembrar o passado para que possamos construir um futuro ainda melhor”, ressaltou o presidente da UGT.
Simão Pedro, secretário municipal de Serviços da Prefeitura de São Paulo falou que foi uma honra poder contribuir para essa iniciativa tão importante da UGT e revelou que em conversa com prefeito Fernando Haddad, onde ambos viam a uma das imagens da exposição [do ex-presidente Lula e Fernando Henrique Cardoso conversando], eles se lembraram desse processo em que lideranças importantes, independentes da coloração partidária ou ideológica, se uniram para derrubar a ditadura militar.
Roberto de Lucena, vice-presidente da UGT, deputado federal, secretário de turismo do estado de São Paulo revelou que o governador disse estar muito empolgado e satisfeito com as discussões que a UGT tem feito, nesse momento de transição que o país atravessa. Lucena disse ainda, que acredita que estamos deixando um modelo de país que não nos serve mais e que tem absoluta certeza de que o Brasil ainda será muito melhor que o que estamos vivendo hoje.
Chiquinho Pereira, secretário de organizações e políticas sindicais da UGT, contou sobre o processo de organização da exposição e disse que ela oferece, inclusive, oportunidade para que os jovens sindicalistas de hoje, que não viveram esse período, conheçam a história e, assim, se fortaleçam para buscar condições ainda melhores para a sociedade brasileira.
Jards Macalé, ator, cantor e compositor brasileiro, falou também da luta do povo em busca de uma sociedade democrática com mais liberdade e falou do “banquete dos mendigos”, show que celebrava os direitos humanos em plena ditadura, em 1973.
Fafá de Belém, disse que acredita que nós [povo brasileiro], somos maior que qualquer crise, mas que temos que reajustar o olhar. E falou que essa exposição é importante para mostrar às pessoas que a democracia é um bem conquistado, um bem a ser discutido e que todos nós fazemos parte desse processo.
“Ao som do mar e a luz do céu profundo”, Fáfá de Bélém soltou a voz, emocionando todos os presentes com o Hino Nacional.
No evento de encerramento da exposição dos 30 anos de redemocratização, estiveram presentes, ainda, da UGT: Canindé Pegado, secretário-geral; Enilson Simões de Moura (Alemão), Laerte Teixeira e Roberto Santiago, vice-presidentes; Marcos Afonso, secretário de imprensa; José Roberto de Araújo Cunha Junior, secretário de assuntos econômicos Carlos; Alberto Schmitt Azevedo, secretário de políticas de habitação; Wagner José de Souza, secretário-adjunto de Relações Internacionais.
Por Giselle Corrêa, da redação da UGT
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